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BBB24
Descrição de chapéu BBB do Vaquer

BBB 24 confunde agilidade com pressa e deixa claro medo do 'fator Amanda'

Nova temporada do programa tem 26 participantes e eliminação já na quinta-feira (11)

Tadeu Schmidt na casa do BBB 24 - Manoella Mello - 5.jan.2023/Glob
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Aracaju

Nas suas duas últimas edições, não foram poucas as reclamações do público que acompanha com afinco o BBB de que a edição "morreu rápido" e ficou repleta das chamadas plantas, aqueles participantes que não rendem nada e só dormem, mas por algum motivo conquistam torcida na internet.

O maior representante destas reclamações, sem dúvida, esteve no ano passado, na edição vencida por Amanda Meirelles com relativa folga.

Com um fã-clube dedicado, mesmo passando a maior parte do tempo deitada pelos cantos e sem ser uma persona que causou no jogo, a campeã do BBB 23 virou uma figura importante para a edição deste ano, inciada nesta segunda (8), mesmo sem querer.

Durante a disputa do líder nesta terça (9), era visível que todos os 26 participantes do programa tinham medo de serem tachados de plantas. "Vilão tudo bem, a gente consegue mudar a imagem fora. Mas planta nunca", disse a carioca Fernanda Bande.

O problema é que esse medo também é perceptível na própria Globo, com os primeiros atos do BBB 24. O puxadinho, que nada mais foi que uma Casa de Vidro com meia participação popular, e a soma de 26 participantes dentro da casa, deixaram isso claro.

A apresentação sem nexo e sem informações dentro do Fantástico, a velocidade do programa de estreia que não aprofundou nenhum dos participantes são exemplos disso.

Outra questão importante: tão caprichosa na produção, e especialmente em outros detalhes, a Globo esqueceu de um fator primordial: a acessibilidade.

Vinícius Rodrigues, atleta paralímpico, ficou visivelmente desconfortável com a primeira prova do líder, quando teve que tirar sua prótese para tentar completá-la. E os outros participantes ficaram mais ainda por ele, tanto que não o escolhiam mais para cumprir o desafio.

Mas o ponto que mais me deixou alarmado foi a decisão do programa de já ter eliminação na quinta-feira (11), apenas 72 horas depois dos primeiros 18 escolhidos entrarem no programa.

Claro, com tanta gente dentro desse casarão de Curicica, era de se esperar que teríamos mais eliminações. Mas tão em cima da estreia, é quase cruel com quem entra e mais ainda com quem assiste, já que mal deu tempo de decorar dez nomes de pessoas lá dentro, com exceção de alguns famosos, como Wanessa Camargo e Yasmin Brunet.

Em novelas, se costuma dizer que muitas vezes, o autor confunde agilidade com pressa. Fica tudo tão atabalhoado que não se dá tempo de ter informações.

A Globo, na ânsia de ter uma edição animada, interpretou rapidez com dinâmica. Tudo bem não querer perder assunto. Mas em 72 horas não dá para saber nada direito. Nem quem é planta.

Dentro da Globo, essa interpretação é um fato. O BBB é um programa que fatura muito e ajuda a emissora logo no início do ano a dar um start impressionante em suas contas. Mas houve também uma decepção. Internamente, comentou-se, por exemplo, que o Fantástico não deu a devida atenção às revelações que o BBB tinha a oferecer à revista eletrônica.

Se existe uma boa notícia, é que a Globo está tentando. Ao menos, o BBB 24 começa animado. E nós precisamos.

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