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Televisão
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Quais foram os cinco piores programas da TV brasileira em 2023

Uma singela listinha com algumas atrações que gostaríamos de 'desver', se fosse possível

João Guilherme Silva com um cachorro de assistente de palco em seu programa na Band: atração está entre os momentos mais lamentáveis de 2023 - Renato Pizzutto - 16.out.23/Band
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Aracaju

A TV brasileira não teve em 2023 o melhor ano de sua vida. Bem longe disso. Se a Globo colocou no ar "Vai na Fé", uma das melhores novelas dos últimos anos, também colecionou muitos erros em sua programação, e vive um de seus piores momentos.

Um exemplo é a cantora Ivete Sangalo. Mesmo com todo o seu inegável carisma e a estrutura da maior emissora do país por trás, o que se viu em "Pipoca da Ivete" foi um desastre. Dinheiro não é tudo MESMO.

Nas concorrentes, poucas novidades. Record, SBT, Band e RedeTV! estrearam atrações em pouca quantidade. O que reinou nelas foi uma produção abaixo do esperado em relação ao que já apresentaram um dia —e aí estamos falando de investimento, criatividade, boas ideias.

Por acreditar que nada é tão ruim que não possa piorar, mas com fé que a TV brasileira terá dias melhores em 2024, o F5 preparou uma lista com o que gostaria de esquecer que foi oferecido ao telespectador brasileiro em 2023. A ordem de apresentação não é exatamente do pior para o menos ruim. É aleatória. Foram todos péssimos, simples assim.

1) Programa do João - Band

Filho do apresentador Fausto Silva e na televisão desde o início de 2022, quando seu pai estreou na Band após deixar a Globo, João Guilherme Silva começou sua primeira empreitada solo em outubro, com o Programa do João.

Exibido nas noites de sábado após a maior audiência diária da emissora, o Jornal da Band, João Guilherme mostrou que não basta ter estrutura ou ser filho de quem é para ter um programa de televisão.

Sua inexperiência salta aos olhos, ainda mais no tom forçado que adotou no comando. As conversas que traz ao ar são monótonas, bocejar é preciso. A produção tosca deixa tudo com cara de programa feito no colegial, mas sem o charme do "Perdidos na Noite" apresentado por seu pai nos anos 1980, cuja graça era justamente o clima de improviso, as tosqueiras a torto e a direito.

Além disso, João parece não saber o que representa. Ao receber Ronald, filho do ex-jogador Ronaldo, disse que eles tinham que trabalhar, "já que não estão com a vida ganha". Era uma piada (tomara que sim), e para quem assistia foi um convite a mudar de canal.

2) Ultra Show com Geraldo Luís - RedeTV!

Após 16 anos na Record, Geraldo Luís foi contratado pela RedeTV! e estreou em outubro o Ultra Show, game show patrocinado pela Ultrafarma nas noites de terça da emissora de Amilcare Dallevo.

Mesmo com pouco tempo no ar, o que impressiona aqui é a produção de baixo orçamento. Em um palco pequeno, Geraldo parece incomodado com o pouco recurso que tem.

Além disso, como é atrelado a uma marca, seu patrocinador precisa ser citado o tempo todo, toda hora. É irritante, quase angustiante. O game é o retrato da atual fase da RedeTV!: largada e sem vida.

Vale lembrar que, em 2024, Geraldo Luís vai comandar um programa dominical com direção de Marlene Mattos, ex-guru de Xuxa Meneghel. É forte candidato a entrar nesta lista ano que vem.

3) "Fuzuê" - Globo

A atual novela das sete da Globo é a prova de que a sucessora de uma atração de sucesso precisa ser muito bem pensada. Vir ao ar logo após "Vai na Fé" talvez tenha prejudicado ainda mais o folhetim de Gustavo Reiz.

Mesmo com bons diálogos e direção até criativa, "Fuzuê" têm entrechos de novela dos anos 1980 e cara de novela dos anos 1980. Até a velocidade da narrativa parecia ser de outros tempos, quando a concorrência não era tão fragmentada.

Some-se a isso uma trama sem graça e insistindo na história de um tesouro que ninguém se importa. Deu no que deu: queda livre os números. Gustavo é um autor competente. Merecia melhor sorte em sua estreia na Globo.

4) Pipoca da Ivete 2023 - Globo

Já lamentável em 2022, a Globo conseguiu uma proeza: piorar o que já ruim. Não tem outra definição para o Pipoca da Ivete deste ano. Mesmo com a cantora se esforçando para entregar alguma coisa, o seu conteúdo não ajudava.

O pior deles foi uma espécie de The Voice com namorados, um dos momentos mais depressivos da televisão brasileira. Assusta imaginar que alguém criou aquilo e achou que seria uma boa ideia.

Para a nossa sorte, o Pipoca da Ivete sairá do ar em 2024. De vez em quando, Deus nos ajuda.

5) A Grande Conquista - Record

Um reality show que emulou tudo o que já havia sido feito por outros. Não é a pior das ideias, mas a execução do confinamento comandado por Mariana Rios foi de dar nos nervos.

Provas mal feitas e dinâmica sonolenta. Não à toa, a atração acabou com um campeão, do qual ninguém se lembra, ninguém se importa.

Para o nosso azar, a Record deve produzir uma segunda edição em 2024. Uma pena. Era o momento de ter humildade e reconhecer que o formato criado pela emissora não deu certo.

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