'Maior pirata de novelas' do Brasil tira site do ar após processo da Globo na Justiça

Considerada por advogados da Globo como 'o maior pirata de novelas' do Brasil, o site Carol Novelas saiu do ar nesta terça-feira (19). Quem tentava acessar ao endereço em busca de alguma trama para assistir ou comprar, não conseguia. A página sequer carregava. A emissora estuda os seus próximos passos.

A exclusão do conteúdo ocorreu após reportagem publicada pelo F5 na manhã deste domingo (17), que revelou a existência do site, com acervo que inclui tramas raras, antigas e atuais. Até o momento, a Globo não conseguiu uma liminar para tirar o Carol Novelas do ar. A ação, que corre em duas varas diferentes, tem uma discussão de quem tem competência para julgar o caso, o que atrasou os pedidos da TV.

Ou seja, a decisão de tirar do ar foi de Leandro da Silva Evangelista, dono do Carol Novelas, e sua equipe, composta por outras três pessoas.

Procurada para comentar a ação judicial, a Globo diz que não se manifesta em casos que ainda estão em andamento. Por e-mail, houve tentativas de entrar em contato com os responsáveis do Carol Novelas, mas não houve resposta até a última atualização.

No site, Evangelista anunciava o acervo de diversas tramas de todas as emissoras. Além de Globo, estavam disponíveis algumas produções estrangeiras, e de outras TVs, como SBT, Record, Band, e a extinta Rede Manchete (1983-1999). Até mesmo a extinta Tupi tinha novelas disponibilizadas.

Os advogados da emissora dizem que Evangelista é "o maior pirata de novela" do país pela robustez do que tinha a oferecer aos seus assinantes. Até tramas raras e que não estão no Globoplay, streaming da emissora, eram vendidas por um pagamento único de R$ 220.

É o caso de "Olho no Olho", novela de 1993 protagonizada por Tony Ramos. Ela falava sobre seres paranormais que tinham poderes especiais, como um prelúdio de "Os Mutantes" (2008), da Record. A trama ganhou fama de satanista na época e jamais foi reprisada ou disponibilizada.

Tramas que estão no ar atualmente, como "Terra e Paixão", e a finalizada recentemente "Vai na Fé" (2023) também estavam disponíveis.

Para punir Evangelista, a Globo pediu a retirada do ar imediata e que ele seja impedido de vender o catálogo que tem e que a emissora considerou "concorrência desleal". A empresa pede uma indenização de R$ 100 mil por danos morais.