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Lilia Cabral diz que 'Fina Estampa' traz lição importante; novela eleva audiência da Globo

Reprise de trama de Aguinaldo Silva termina nesta sexta-feira

Lília Cabral Instagram/lilia_cabral

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São Paulo

A decisão de suspender as gravações de novelas, em março, diante da pandemia do novo coronavírus, trouxe muitas dúvidas sobre como seria a aceitação do público a reprises de folhetins antigos em horário nobre. Agora, no entanto, com o final de “Fina Estampa”, é possível concluir que a fórmula deu certo.

A trama de Aguinaldo Silva, que já havia conquistado bom desempenho de audiência em sua primeira exibição, entre os anos de 2010 e 2011, voltou a conquistar o brasileiro e alcançou média de 34 pontos no Ibope, tanto em São Paulo quanto no Rio de Janeiro —cada ponto equivale a 74 mil domicílio em SP e 47,4 mil no RJ.

Apesar de o número ser menor que o da primeira exibição, quando “Fina Estampa” alcançou média de 39,1 pontos na Grande SP (cada ponto do Ibope representava na época 67 mil lares), sua reprise tem registrado índices acima dos 30 pontos desde o início, chegando a 38,4 na última segunda (14). Já “Amor de Mãe” demorou para superar a marca dos 30 pontos, já em suas últimas semanas antes da interrupção das gravações.

Para Lilia Cabral, 63, que teve Griselda como sua primeira protagonista numa novela, “Fina Estampa” traz lições importantes. “A minha personagem, por exemplo, fazia tudo em função dos filhos. Teve que sobreviver dando educação e estabilidade. Isso gera identificação com o público, que torce pelos personagens e por suas histórias.”

A atriz afirma que acompanhou toda a edição especial feita para o período de pandemia e que teve a mesma sensação de orgulho que tinha na primeira vez em que a novela foi ao ar. Apesar disso, ela diz que havia sim uma expectativa de como seria o olhar do público ao rever a trama, mesmo com o sucesso anterior.

“Mas ‘Fina Estampa’ é uma novela com uma história leve, de uma mulher batalhadora que enfrenta todos os problemas e todas as vilanias de personagens que estão lá para demonstrar arquetipicamente como funciona a sociedade. A sociedade não envelhece, o que envelhece é o pensamento das pessoas”, afirma.

Apesar dessas caraterísticas, a audiência positiva de “Fina Estampa” também pode ser resultado do maior número de pessoas dentro de casa durante a pandemia. Apesar disso, o pico de audiência aconteceu nesta última segunda-feira, quando a novela atingiu os 38,4 pontos na Grande SP e com os índices de isolamento já vem menores.

PASSANDO A BOLA

Após o bom desempenho de “Fina Estampa”, agora a expectativa é para a volta de “A Força do Querer” (2017), que retorna ao ar na próxima segunda-feira (21). Para Lilia Cabral, mais uma oportunidade de rever um de seus trabalhos mais fortes, já que ela também está no elenco, na pele de Silvana, uma mulher viciada em jogo.

“Assim como foi uma feliz surpresa saber que ‘Fina Estampa’ voltaria ao ar, fiquei muito contente com a notícia da volta de ‘A Força do Querer’. Espero que o público que assistiu à novela na época tenha vontade de rever, e que quem nunca assistiu, não perca a oportunidade de acompanhar essa trama tão rica criada pela Glória Perez.”

“A Silvana é uma personagem muito diferente da Griselda, mas também muito real. O vício pelo jogo existe e atinge não só a pessoa que não consegue abandoná-lo, mas também toda a família”, completa a atriz, que afirma não ter preferência por papéis cômicos ou dramáticos. “Nosso esforço, nossa entrega tem que ser a mesma.”

Apesar de continuar no ar com as reprises, Lilia Cabral afirma que passou os últimos meses em casa, lendo bastante, vendo séries e filmes. Agora, no entanto, já está tocando um projeto novo, a peça “A Lista”, de Gustavo Pinheiro, que está em cartaz online e na qual ela contracena com a filha, Giulia Bertolli.

“Em meio a tudo isso, com as pessoas tendo que se reinventar e criar novas formas de levar arte ao público, surgiu a peça. Estamos em cartaz às quintas e sextas, online, dentro do projeto Teatro Já. Tem sido uma experiência emocionante”, afirma ela, que teve o projeto de uma outra peça paralisado pela pandemia. Ainda sem previsão.

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