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Grazi Massafera desiste de folga por papel em 'Bom Sucesso' em que homenageia sua mãe

Atriz vai encarnar costureira e lembra da infância sob máquina de costura da família

A atriz Grazi Massafera
A atriz Grazi Massafera diante da Igreja da Penha, no subúrbio do Rio de Janeiro, onde gravou cenas para a próxima novela das sete da Globa, "Bom Sucesso" - Victor Pollak/Globo
 
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São Paulo

Marcada para começar em 29 de julho, ‘Bom Sucesso’, a próxima novela das 19h da Globo, terá uma conexão familiar para sua protagonista, Grazi Massafera, 36. Sua personagem, a costureira Paloma, remete a uma época boa da infância da atriz, quando via de perto sua mãe e sua avó costurarem roupinhas para ela.

Grazi diz encarar o papel como uma homenagem à sua família. "Tem muito a ver com o que eu vivi. Ficava debaixo da máquina de costura, então não precisei fazer laboratório. Vivenciar isso de novo me emocionou, principalmente por ver uma máquina de costura igual à nossa no estúdio.”

A importância do papel fica ainda mais evidente quando Grazi explica que sua participação na produção não estava prevista. Ela havia reservado o ano de 2019 para estar com a filha, Sofia, 7. "Ela passa por um processo de alfabetização e eu queria ficar com ela nesse momento. Só que o papel me cativou”, diz.

Moça simples, a costureira Paloma vai ser alvo de uma disputa entre dois pretendentes. De um lado há Ramon (David Junior), o pai de uma de suas filhas e que, há 16 anos, deixou tudo para trás para tentar a sorte como jogador de basquete nos Estados Unidos. De outro, uma paixão avassaladora por Marcos (Romulo Estrela), bon vivant que, apesar de todo o dinheiro que tem, prefere uma vida sem muito luxo, perto do mar.

“Com Ramon é amor, e com Marcos é paixão", explica a atriz. 

Na trama, ela se apaixona por Ramon aos 16 anos, engravida dele e o vê partir. Após 16 anos, ela vai fazer um exame de rotina e descobre que tem pouco tempo de vida. "Essa mulher surta, quebra tudo, enlouquece”, adianta Grazi.

Pouco tempo depois, descobre-se que, na verdade, os exames foram trocados, e quem está à beira da morte é o ricaço Alberto (Antonio Fagundes), pai do Marcos, por quem ela se apaixona. O triângulo se forma com o retorno de Ramon ao Brasil.

Feliz com o papel, Grazi conta que sempre teve a vontade de fazer um papel desse tipo. Paloma será sua terceira protagonista.

“Eu estava prospectando para o universo para fazer uma personagem popular, fazer algo próximo do público e próximo do que eu já fui. Hoje sou uma atriz da Rede Globo, mas já vivenciei essa fase”, afirma ela, que deu seus primeiros passos na emissora ao participar da quinta edição do Big Brother Brasil, em 2005, do qual saiu vice-campeã. Desde então protagonizou “Negócio da China” (2008) e “Flor do Caribe” (2013).

Grazi diz que Paloma é popular em todos os sentidos, na linguagem, no guarda-roupa, composto de duas calças jeans e algumas blusinhas, e no visual ("não faz cabelo, maquiagem, é tudo menos"). Em troca, afirma a atriz, a costureira ganha muito em humanidade e em identificação com as pessoas.

'Eu teria que cagar muito para a personagem ficar chata'

A atriz fala ainda sobre as perspectivas para a recepção do público para Paloma, incluindo se teme o risco da protagonista cair no perfil da mocinha boba e chata, caso da Maria de Paz, de Juliana Paes, em "A Dona do Pedaço". 

“Mocinha é sempre perigoso cair nesse estigma [de chata], mas ela [Paloma] está tão desenhada e tão bem escrita que eu teria que cagar muito para ela ficar chata”, ri a atriz.

A história da mocinha vivida por Grazi é escrita pelos autores Rosane Svartman e Paulo Halm, e dirigida por Luiz Henrique Rios. “Ela é muito legal, mas se eu tiver que gravar nesse ritmo, 42 cenas por dia, e estiver na TPM, ela vai ficar chata”, brinca.

Ela diz ainda que torce para o triângulo amoroso causar comoção e apoio nas redes sociais, mas diz que tenta não deixar se influenciar pelo que é dito online. "O público é surpresa, por isso que como a unha. É obra aberta e tudo pode mudar”, diz Grazi. “Fico mais ansiosa, quase não durmo para saber o que o povo vai achar."

Romulo Estrela, o Marcos, tem a mesma opinião. Para ele, a onda da internet por vezes tem o poder de mudar os rumos de uma história. “Vai muito de identificação. A gente torce para acontecer [torcida por um ou outro] porque fazemos trabalho para o público. Vai existir torcidas de acordo com afinidades. Existe uma disputa franca dos dois por essa mulher”, conclui o ator.

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