Celebridades

Amante de ciclismo, ator David Junior diz que o esporte é sua forma de meditar sobre a vida

Artista recrutou Mateus Solano e Marcos Veras para a atividade

No ar em "O Tempo Não Para", David Junior usa ciclismo como forma de meditação
No ar em "O Tempo Não Para", David Junior usa ciclismo como forma de meditação - Arquivo Pessoal
 
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Cris Veronez
Rio de Janeiro

Basta dar uma espiadinha nas redes sociais de David Junior para detectar, logo de cara, duas paixões do ator: Menelau, seu personagem em “O Tempo Não Para” (Globo), e o ciclismo, esporte que o ator descobriu ainda criança e que o acompanha até hoje.
 
Na novela das 19h da Globo, o núcleo dos ex-escravos descongelados é um dos mais queridos pelo público. Cada vez mais destacado na trama, Menelau ganhou até um par romântico: a advogada Vanda (Lucy Ramos). 
 
Animado com a trajetória do personagem, o ator de 33 anos afirma: “Protagonizamos um casal negro onde a mulher é detentora do poder econômico. É um marco na televisão brasileira.”

Mesmo com a rotina apertada por causa da novela e de outros projetos audiovisuais --como o lançamento do filme “Canastra Suja”, em junho, e a gravação de “Hashtag”, previsto para estrear em 2019-- David não deixa o pedal de lado. 
 
Em entrevista ao F5, ele falou que sua relação com o ciclismo vai além de uma simples atividade física. É a forma que encontrou de se conectar com o mundo e de alinhar a saúde do corpo e da mente. 
 
David conta que já participou de competições amadoras e que já recrutou o ator Mateus Solano, 37, para pedalar com ele. O próximo desafio, agora, é juntar o humorista Marcos Veras, 38, ao time.
 
Nascido em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e atualmente morador do Recreio, na zona oeste do Rio, David afirma que nem as altíssimas temperaturas do verão do Rio o impedem de desbravar a cidade em busca de novas experiências sob os pedais.

Confira trechos da entrevista:

 

PAIXÃO PELA BIKE 

“Sou apaixonado desde sempre [risos]. Ando desde os 12 anos de mountain bike, tive um problema no joelho, por sobrecarregá-lo demais com pesos na academia na adolescência e com isso fiquei um tempo sem pedalar, mas voltei depois, com uns 16 anos.”

AVENTURA 

“Participei de competições amadoras. Nunca competi profissionalmente, mas tive experiências incríveis, como quando competi em Ubatuba, numa corrida de aventura. Foram 50 km de revezamento entre corrida, remo e pedal. Todos na montanha. Tive uma crise de ansiedade no início da corrida, não conseguia correr nem 1 km. Depois que tirei isso da mente consegui correr. Cheguei a desmaiar na parte do remo, após ter uma hipoglicemia. Consegui finalizar a prova com câimbra nas duas pernas, muita dor, mas num êxtase sem tamanho.”

GANHOS PESSOAIS

“Descobri que sempre podemos mais do que imaginamos. Nosso corpo é uma máquina incrível. Uma obra de arte divina. Além disso, o esporte alinha corpo e mente. É a minha forma de meditar sobre a vida quando entro em contato com a natureza, através dos passeios ciclísticos.”

BENEFÍCIOS ESTÉTICOS

“São um complemento. Prefiro dizer que minha prioridade é o prazer de desbravar lugares, desafiar meu corpo, superar meus limites e estar em dia com a saúde.”

TIME QUASE COMPLETO

“O [ator] Mateus Solano comprou a ideia do pedal, depois de começarmos a correr juntos. Falei que o ciclismo seria um esporte viciante e menos agressivo para os joelhos. Na hora, ele não acreditou. Hoje ele já tem um volume de pedal até maior do que eu. Meu desafio agora é trazer o [ator] Marcos Veras, que já disse que virá completar o time [risos].”

RELAÇÃO COM MOTORISTAS

“Não ando de bike no meio dos carros, mas no acostamento e sinalizando sempre. Muitos não respeitam [os ciclistas] e passo alguns apertos por isso. Infelizmente, não temos uma cidade preparada para o ciclismo, o que é triste, porque poderíamos ir e vir do trabalho de bicicleta, por exemplo. Temos um problema sério de mobilidade urbana. Penso que um trabalho de conscientização seria necessário e importante. As pessoas preferem carros a ter boas vivências e preservar a natureza. O meio ambiente agoniza em meio a tanta poluição e a bicicleta pode ser o meio de transporte sustentável do futuro. Eu tento conscientizar meus amigos que dirigem. Minha maior preocupação é sobre que mundo deixarei para meus futuros filhos, visto que o consumo excessivo de bens poluentes só aumenta e nossas florestas só diminuem.

RELAÇÃO COM OUTROS CICLISTAS

“Depois que comecei a andar de bike, passei a ser um motorista diferente com os motociclistas. Isso é um fato. Ciclista que se preze, respeita outros ciclistas, motociclistas e também pedestres, quando está ao volante. Na verdade, esse respeito deveria existir independentemente de qualquer coisa.”

NOVA PERSPECTIVA

“De bicicleta, você transita em lugares e os observa com um tempo diferente. De carro, você só passa por ali. É incrível conhecer melhor os lugares que você passou a vida inteira e não teve tempo de admirar. A bike te proporciona isso. Um tempo para respirar o ar puro da natureza, ter contato com os animais, beber água da fonte, ver sua cidade do alto, conhecer caminhos antes desconhecidos pra vc e até se perder muitas vezes neles...Essas são as memórias que tenho em meus passeios de bicicleta.”

CALOR

“Sou carioca, não dá pra viver no Rio e não se acostumar com o calor. De fato ele incomoda um pouco, mas o mar ou as cachoeiras que encontramos no caminho compensam. A dica é sempre ter uma ou duas garrafas d’água, dependendo do trajeto que estiver disposto a fazer e no verão, procurar levar uma garrafa térmica, das duas que tiver, para conservar uma água fresca.”

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