SBT se pronuncia sobre acusação de Juliana Oliveira e diz que tomou providências

Após a ex-assistente de palco Juliana Oliveira fazer um vídeo explicando mais sobre a acusação que faz contra o apresentador Otávio Mesquita, o SBT se pronunciou sobre o caso. Ela o acusa de estupro e entrou com uma representação criminal no Ministério Público de São Paulo.

Em nota, a emissora afirma que agiu após tomar conhecimento das denúncias de estupro. "A propósito do episódio envolvendo a artista Juliana Oliveira e o apresentador Otávio Mesquita, o SBT vem esclarecer que tomou, a tempo, todas as providências que lhe competia por meio do seu Departamento de Governança Corporativa", diz o comunicado.

Até então, o canal não havia falado nada sobre o assunto. Em seu relato, Juliana afirmou que a emissora teria ignorado suas queixas e a "escondia" no banheiro quando Mesquita aparecia de surpresa nas gravações do The Noite.

"Me escondiam no banheiro. Isso aconteceu muito mais de dez vezes, durante anos. Eu era trancada no banheiro como se a criminosa fosse eu", relatou.

O CASO

A violência sexual teria ocorrido no programa que foi ao ar dia de 25 de abril de 2016. Mesquita entra no palco do The Noite pendurado por um cabo, de ponta-cabeça, vestido de Batman. Quando Juliana chega para ajudá-lo a retirar os equipamentos de segurança, ele apalpa os seios e a genitália dela. Depois, ao se desvirar, ele a agarra com as pernas e simula que estão transando.

Juliana grita, se debate e chega a dar um pontapé para tentar se livrar do apresentador. Já de pé, ele a abraça, a empurra no sofá e volta a fazer movimentos como se estivesse fazendo sexo com ela. O episódio dura cerca de três minutos. Mesquita diz que tudo não passou de uma "brincadeira combinada".

"Juliana está fazendo cara feia, mas eu sei que ela gostou", diz Danilo Gentili. Mesquita afirma: "Eu vou falar uma coisa para você que, na sua história, fora os seus namorados, ninguém fez. Sem querer, eu dei uma apertada nas peitocas dela. É durinho."

O caso foi revelado pela colunista Mônica Bergamo, da Folha. A polícia civil abriu inquérito para investigar a denúncia. Otávio Mesquita diz se tratar de um "absurdo". "Ela demorou nove anos e só fez isso agora porque foi demitida e está chateada", afirmou.