Beijo de Cido e Samuel em 'O Outro Lado do Paraíso' movimenta redes sociais
Casal protagonizou momento emocionante na trama da Globo
O motorista Cido e o médico Samuel, personagens de Rafael Zulu e Eriberto Leão em "O Outro Lado do Paraíso", finalmente se acertaram na trama da Globo assinada por Walcyr Carrasco —em sua reta final, o último capítulo do folhetim vai ao ar nesta segunda (14).
Após muitas idas e vindas e inúmeras trapalhadas num núcleo que também conta com Suzy (Ellen Rocche), ex-mulher de Samuel, e Adinéia, a mãe do psiquiatra, o casal deu seu primeiro beijo no capítulo desta terça (8). Mesmo sem língua, o selinho foi longo para os padrões da emissora.
A cena que emocionou internautas fez com que o nome Cido fosse parar entre os assuntos mais comentados do Twitter —e encheu o microblog de memes divertidos.
"Ai, beijo gay na novela e ainda de um negro e um branco", disse uma internauta. "E agora a família tradicional brasileira vai ao delírio", disse outra. "Cido, você quer o mundo? Eu te dou", vibrou uma terceira.
Na cena, após Cido ameaçar ir embora por se sentir rejeitado, Samuel pede para que ele fique --e os dois se beijam.
"Eu não posso ficar em lugres que não querem que eu fique. Sua mãe fez miséria comigo. Samuel, eu vou embora", disse o motorista. "Não vai embora, eu não consigo", respondeu o médico.
Ajudou a dar um toque ainda mais sensível ao momento a fala de Adneia, a sogra. "Definitivamente não existe a cura gay, não se pode haver cura se não há doença! O Cido não é doente nem o meu Samuelzinho. Eles apenas se amam. Olha, eu gosto de você, Cido. Muito. Só não queria admitir que gostava. Faz meu filho feliz, por favor", disse a personagem de Ana Lúcia.
CRÍTICAS
Mas também teve quem criticasse a cena. É o núcleo, por muitas vezes, tomou ares cômicos —o que, na opinião de alguns internautas, tira a credibilidade de uma temática social importante, o preconceito.
"Beijo pra recuperar a dignidade do núcleo gay tratado como esquete de humorístico pelo autor. Não rola, queridos. Não rola porque não há empatia para Cido e Samuel, como aconteceu com Félix e Niko, justamente porque foram apresentados o tempo todo como palhaços", disse Duh Secco, colunista do site RD1, no Twitter, ao lembrar do casal gay de "Amor à Vida", trama do mesmo autor na emissora exibida de 2013 a 2014.
"Essa cena deveria ter sido escrita há mais tempo. Cido e Samuel é um casal que não empolgou, nenhum beijo ou selinho sequer teve. A intenção foi boa, a prática deixou a desejar", escreveu Marcus Soares, editor do site Telecurioso.
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