Banda Black Rio mostra clássicos e faixas do novo álbum em show em SP
Grupo se apresenta nesta quinta no CCMI, na zona oeste da cidade
A banda Black Rio sobe ao palco do CCMI (Centro Cultural da Música Instrumental), na zona oeste de São Paulo, nesta quinta (27), com toda sua tradição na música brasileira. Mas sem deixar de olhar para o futuro.
Fundado na década de 1970, o grupo fez sucesso com o primeiro disco, “Maria Fumaça”, de 1977. Cultuado até hoje, o álbum traz canções como "Leblon Via Vaz Lobo" e a faixa-título, que mescla samba e funk americano e foi tema de abertura da novela "Locomotivas", exibida pela Globo em 1977.
Na época, a banda era um dos destaques de uma cena de black music brasileira, que tinha também artistas como Tim Maia (1942-1998), Hyldon, Cassiano e Tony Tornado. Era um dos nomes do movimento Black Rio, que ajudou a transformar a música, a dança e a moda, além de promover a afirmação do orgulho negro.
Entre seus músicos, estavam o baterista Luiz Carlos (1946-2007) e o saxofonista Oberdan Magalhães (1945-1984). Nos anos 2000, o filho de Oberdan, o tecladista William Magalhães, teve a ideia de retomar as atividades do conjunto.
Desde então, foram três álbuns: "Movimento", de 2001, "Rebirth", de 2002, e "Supernova Samba Funk", de 2011. E um novo trabalho vem por aí, conta Jadiel Oliveira, atual vocalista. “Vamos lançar ‘Som das Américas’ em janeiro”, diz.
O disco tem participações de Caetano Veloso, Gilberto Gil e Elza Soares, e traz novidades na mistura que a Black Rio sempre fez em sua trajetória. "Agora, o William [Magalhães] fez um rap, 'O Rei Morreu'. É o primeiro que ele escreve. Então, flerta com o lance do rap e com a MPB", diz Oliveira.
O grupo apresenta duas das faixas nesta quinta. “Tocamos ‘América do Sul’ e ‘Nossa Jornada’”, afirma ele. No show, a banda une as duas pontas de sua história. “Começa com as clássicas, dos anos 1970, e vem até hoje", explica o vocalista.
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