O amor contagiante do havaiano Bruninho Márcio pelo Brasil
Do RG à tatuagem, nenhum astro pop deu tantas provas de amor ao país quanto Bruno Mars
"Bruninho chegou, p...! Cadê as popozudas, car..?!" A gente esperaria esse grito de guerra funk do Kevin O Chris, do MC Ryan, do Livinho, mas nunca de um cantor do Havaí que mal fala português. Mas eis que Bruno Mars deixou mais do que claro: ele só não nasceu no Brasil por erro de Deus. Nenhum outro astro pop deu tantas provas de amor pelo nosso país em tão pouco tempo.
Bruninho elevou o amor pelo Brasil a um novo patamar. Agora, vai ficar bem mais difícil ouvir um "Te amo, Brasil!" de Paul McCartney, Shakira, Lenny Kravtz, John Bon Jovi ou Lady Gaga e levar essa declaração de amor a sério.
Em sua passagem de 15 shows em território nacional, nosso Bruninho Márcio deu duas provas irrefutáveis de amor à pátria. A primeira foi uma tatuagem nada pequena do Cristo Redentor no peito. Sabemos: tatuagem é coisa séria, coisa para toda a vida. E a dele não parece ter sido feita com henna.
A segunda foi a surpresa que ele armou para o seu último show, no Mineirão, em Belo Horizonte: de repente, no telão, Bruninho mostrou seu novo RG verde e amarelo, emitido pelo governo brasileiro, com número de CPF, data de nascimento e tudo (era um RG simbólico, mas pareceu mais verdadeiro que o meu e o seu).
Sem falar dos chinelões pretos e da camiseta da seleção que não tirava nem pra tomar banho por aqui.
Na sua infinita sabedoria, a internet descobriu que a paixão de Bruninho pelo Brasil se deve a um elo perdido: pela semelhança física, Bruninho só pode ser filho do saudoso Reginaldo Rossi, o rei do brega. Até o Ray-Ban quadrado que o havaiano-brasileiro ostenta em nove entre dez clipes teria sido herdado do muso romântico do Recife.
Se Reginaldo não está mais entre nós para aproveitar a nova onda de notoriedade, foi Zeca Pagodinho quem tirou a sua casquinha, convidando o astro de "Uptown Funk" para tomar uma cervejinha em seu habitat natural, Xerém, tudo devidamente patrocinado por uma grande marca de cerveja. Sem falar em seus novos amigos, Thiaguinho e Chitãozinho & Xororó, que subiram ao palco para cantar com ele.
Mas meu caro Bruninho, não pense que esse pequeno carnaval que você fez por aqui garante amor eterno. Também não basta gravar feat com a Anitta –isso qualquer um faz. Queremos música com Joelma, com Pabllo Vittar, queremos você descendo até o chão num axé baiano com o Léo Santana. E... a prova final: um belo dueto romântico-dançante com a Gretchen. Aí sim, bem-vindo ao Brasil, pode se sentir em casa.
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