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Rosana Hermann
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E se a Camila voltar com o Buda?

O que você faria se, ao se dar conta do arrependimento de Buda no programa, ela decidisse perdoá-lo?

Camila Moura e Lucas Henrique; esposa rasgou fotos do casal após flerte dele com Pitel
Camila Moura e Lucas Henrique; esposa rasgou fotos do casal após flerte dele com Pitel - @camilamoura225 no Instagram
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São Paulo

Albert Einstein, considerado um dos maiores gênios da humanidade, fazia muitas experiências mentais, usando apenas a imaginação. Foi ele que disse que a imaginação é mais importante do que a inteligência, porque a inteligência tem um limite, e a imaginação, não.

Então, vamos nos inspirar no grande físico teórico alemão e fazer um exercício de imaginação sobre algo bem mais mundano, mas tão complexo quanto a física quântica: o comportamento humano diante de uma traição amorosa, mais especificamente, a saga de Lucas Buda e Camila Moura.

Vamos lá.

Imagine que, logo depois da eliminação de Yasmin Brunet do BBB 24, Buda ligue os pontinhos: Camila não mandou vídeo, tocou música de traição e o público votou para ele ficar. Imagine que ele intua que, se Pitel bagunçou a cabeça dele, sua ex-esposa pode ter bagunçado toda sua vida. E que o público está do lado dela e quer vê-lo sofrer mais tempo na casa, fazendo papel de tonto, o que foi de traidor para "o último a saber".

Lucas, então, aproveitaria essa chance para limpar sua barra e mostrar-se arrependido. Ele pararia de comer, assumiria o papel de vítima, choraria abertamente. Reconheceria que errou ao flertar com Pitel, reforçando que não fez nada de concreto.

Imagine também que Camila Moura atinja um teto nessa sua jornada explosiva de sucesso. Chegaria a um número máximo de seguidores e pararia de crescer. Faria mais algumas publis, ensaios fotográficos e atingiria o pico de interesse. Passada a euforia de ir de zero a milhões, de anônima à "mulher do momento", ela projetaria seu futuro depois do BBB. E ao se dar conta do arrependimento de Buda no programa, ela decidisse perdoá-lo, voltar atrás e reatar com ele. E ainda fecharia os perfis para não ser cobrada por sua decisão.

O que você faria? (como diz a música tema do programa)

Como você reagiria?

Você respeitaria a decisão de Camila, de deixar de ser a ex-esposa para voltar a ser esposa de Lucas? Continuaria a segui-la ou daria unfollow? Ou se sentiria traído, traída por Camila? Ou será que ela construiu um shopping com heliponto na sua cabeça a tal ponto que você tentaria convencê-la a manter o projeto de vingança por ele ter rompido um combinado e tê-la exposto ao vivo para todo o Brasil?

Afinal, o que você realmente quer ver?

Uma história da vida real com perdão e final feliz, em que os dois se reconciliam, voltam a morar juntos e planejam um futuro como família? Uma saga de vingança com direito a cenas em que a protagonista fala tudo na cara do traidor, vira um sucesso, enquanto ele cai em desgraça e se afunda?

Você se projeta em Camila e viaja com ela em sua volta por cima, sua transformação física, seu despertar para a fama? Você quer que Buda sofra e pague por todos os homens machistas, que traem e desrespeitam suas mulheres, das mais variadas formas?

É interessante tentar responder a essas perguntas teóricas. São elas que nos levam ao autoconhecimento. E são questões que têm uma certa urgência porque têm um prazo e porque o interesse no ex-casal vai passar. Talvez o público mude o foco para um romance entre a cunhã e o Alegrete, ou em uma campanha para eliminar Fernanda ou Davi, que têm apresentado muita rejeição, ou para eliminar Beatriz, que tem constrangido Tadeu sistematicamente com seus excessos. E mais: em trinta e poucos dias o programa termina. Dia 16 de abril é a final. Depois disso, o interesse nos eliminados vai diminuir bastante. Outros realities vão começar e todos nós vamos correr atrás de outras histórias.

Claro que tudo isso é só uma experiência teórica, mas Einstein conseguiu coisas grandiosas apenas imaginando situações, podem ser úteis para a gente também. Podem nos ajudar a lembrar que estamos falando de pessoas reais, vidas reais e não meros brinquedos para nosso entretenimento. Podem nos levar a pensar que, da mesma forma que corretamente cobramos que cada participante aja de forma digna, sem enganar, sem mentir, sem trair, sem ser preconceituoso, sem ser falso, deveríamos cobrar de nós essas mesmas atitudes.

Se conseguirmos tudo isso, seremos todos vitoriosos. Porque para vencer um jogo ou vencer na vida, não é preciso ser nenhum gênio, não é preciso ser Einstein. Basta ser um bom ser humano, justo, amoroso e coerente.

Rosana Hermann

Rosana Hermann é jornalista, roteirista de TV desde 1983 e produtora de conteúdo.

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