Renato Kramer

Se eu levasse a Carminha para casa a família acabava, brinca Adriana Esteves sobre vilã

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Depois de 15 anos de "Altas Horas" (Globo), Adriana Esteves finalmente deu o ar da graça no programa deste sábado (2), para alegria do apresentador Serginho Groisman.

O tema não poderia ser mais propício: vilania —Gabriel Braga Nunes, que já interpretou muitos vilões globais, era outro convidado.

"Você já chegou a ser maltratada por ser uma das vilãs que você já fez?", perguntou Groisman para Esteves. "Nunca. Pelo contrário, me surpreendi, porque quando eu fazia uma das maiores vilãs da minha história que foi a Carminha ('Avenida Brasil', 2012), eu me preparei para ser maltratada e eu fui muito acarinhada. Foi uma surpresa", declara a atriz.

Nunes concordou: "Eu acho que hoje em dia as pessoas curtem o vilão", afirmou. "Nos anos 90, quando eu estava começando, tinha um pouco uma lição de moral que a gente recebia de levinho nas ruas, mas hoje em dia a torcida é pelos vilões praticamente."

Enquanto via trecho de "Anjo Mau" (1997) no telão, Nunes lembrava que seu "Olavinho começou como um 'bad boy' e foi se tornando num 'vilãozaço'. Mas olhando assim já dá uma certa nostalgia... parece meu filho ali."

No entanto, é quando Serginho anuncia que vai mostrar trechos de Carminha qua a plateia delira. "Acho que quando se recebe o texto de uma novela, nunca se tem a dimensão de como o papel vai ser, não é?", questiona o apresentador.

"Quando o autor João Emanuel me convidou pra fazer a novela, a princípio nem seria a Carminha. Por mais que eu já tivesse feito a Sandrinha, em 'Torre de Babel' (1998), as pessoas não me viam ainda como vilã porque eu tenho cara de boazinha, mas agora vocês viram que não tanto", contou Adriana.

A atriz disse que já tinha certeza de que o personagem seria incrível quando recebeu o texto. "Mas foi mais feliz ainda do que eu podia imaginar." Algumas cenas fortes de Carminha em "Avenida Brasil" foram mostradas e mais uma vez a atriz foi ovacionada.

"Eu trabalhava muito, mas eu chegava em casa à noite e ainda via a novela. Foi uma novela muito bem feita, toda inteira. Eu acho que ela teve um sucesso merecido, foi lindamente escrita, dirigida, um elenco incrível, orgulho máximo de ter contracenado com aqueles atores", declarou a atriz.

Quando os atores foram questionados se levam o personagem para casa, Adriana brincou: "Nossa, se eu levasse a Carminha a família acabava. Eu procuro fazer de tudo para que não afete minha vida pessoal, procuro deixar tudo bem separado. Mas seria mentira da minha parte se eu dissesse que fica completamente separado, porque não fica muito não. Tipo a Carminha, como era muito corajosa, eu acabei ficando mais corajosa ne minha vida, assim, em dar as minhas opiniões".

"Acho que tem uns papéis que ajudam a gente", observou Nunes. "Quando tem uma linha clara de raciocínio por trás do personagem, aí a gente diz que é um bom personagem (...). É legal a gente aprender com o personagem, é uma das coisas bonitas da nossa profissão", completou o ator.

Renato Kramer

Natural de Porto Alegre, Renato Kramer formou-se em Estudos Sociais pela PUC/RS. Começou a fazer teatro ainda no sul. Em São Paulo, formou-se como ator na Escola de Arte Dramática (USP). Escreveu, dirigiu e atuou em diversos espetáculos teatrais. Já assinou a coluna "Antena", na "Contigo!", e fez críticas teatrais para o "Jornal da Tarde" e para a rádio Eldorado AM. Na Folha, colaborou com a "Ilustrada" antes de se tornar colunista do site "F5"

Final do conteúdo
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem

Últimas Notícias