Renato Kramer

'Eu sou velha e gosto de sexo', declara a estrela do cinema Jane Fonda

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A noite do último domingo (21) foi reservada para a legendária atriz Jane Fonda, 78, fazer declarações bastante íntimas no "Bate-Papo com Amanda de Cadenet" (GNT).

Detentora de dois Oscars da Academia (Klute, 1972 – e Coming Home, 1979) e três Globos de Ouro (Klute, Coming Home e Julia, 1978), a atriz que ficou conhecida no mundo inteiro ao interpretar "Barbarella" (Roger Vadim, 1968) conta que logo após uma série crise nervosa teve uma mudança de consciência.

"De repente, falei em Deus e me dei conta de que até então me considerava ateia", confidencia Jane com vivacidade no olhar. "E foi aí que comecei a estudar religião e fé. Comecei a ver o mundo de outra forma. Foi então que passei de 'alcoólica que não bebe' a uma pessoa curada —e não precisei de nenhum remédio mais", disse a estrela.

Amanda quis saber, então, o que Jane continua a fazer no seu cotidiano para manter-se em forma. "Eu continuo me exercitando. Mas meu corpo, se eu ficar nua na penumbra, verá que estou tão bem ou melhor do que nos 20", soltou a eterna Barbarella. "Mas com luz direta não. Eu sou uma mulher com mais de 73 anos", disse Fonda rindo.

E revela um segredinho: "Como sou vaidosa, eu sempre capricho o máximo possível para o meu homem. Acendo muitas velas, sou vaidosa, e isso é importante para mim", insiste a grande atriz.

Na sequência, Jane declara enfaticamente: "Mas não vou mais fazer cirurgias no meu corpo". E relata: "Quando eu tive um colapso nervoso, eu pensei: se eu tivesse seios grandes, tudo se resolveria. E olha que eu sou inteligente, não sou burra. Mas me sentia tão mal que fiquei vulnerável à cultura do consumo que dizia: 'seios grandes vão resolver'. Então aumentei meus seios", conta Jane.

Mas a atriz percebeu, durante o seu casamento com Ted Turner, entre 1991 e 2001, que aquilo não era ela, "que não pertencia a mim", complementa a filha de Henri Fonda (1905-1982). Então, quando mais tarde retirou as próteses, seu filho, o ator Troy Garity, lhe disse: "Ah, mãe, ainda bem. Está proporcional de novo."

E fez uma ressalva para as mulheres que têm necessidade de mudar as suas características físicas, sejam os seios ou o nariz, e pede que o façam da maneira certa: "Não exagerem, não deixem que isso se torne um vício".

Jane faz então uma comparação picante: "É como os homens que tomam estimulantes sexuais e depois de um tempo deixam de tomar, porque não resolvem o problema, se eles não se sentem excitados. Devia vir escrito na caixa: tome o comprimido com fricções e fantasia", ironiza uma das últimas atrizes do "Star System" de Hollywood.

E encerra com uma declaração bombástica, sempre em alto astral: "Eu sou velha e gosto de sexo. Até escrevi um livro sobre. Passei sete anos sem sexo depois que me separei de Ted e quando recomecei não foi fácil" confidencia. 

"A minha abordagem é que nos mantenhamos saudáveis e preparados para o sexo. Ou seja, tanto o homem quanto a mulher devem se masturbar. Mantenha-se ativo, exercitando o corpo inteiro" sugere a exuberante e talentosa atriz Jane Fonda.

Renato Kramer

Natural de Porto Alegre, Renato Kramer formou-se em Estudos Sociais pela PUC/RS. Começou a fazer teatro ainda no sul. Em São Paulo, formou-se como ator na Escola de Arte Dramática (USP). Escreveu, dirigiu e atuou em diversos espetáculos teatrais. Já assinou a coluna "Antena", na "Contigo!", e fez críticas teatrais para o "Jornal da Tarde" e para a rádio Eldorado AM. Na Folha, colaborou com a "Ilustrada" antes de se tornar colunista do site "F5"

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