Renato Kramer

'Para ser um bom publicitário tem que trabalhar muito, ter sorte e um pouco de talento, não muito', diz Washington Olivetto

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"O Brasil é um dos maiores e mais competentes países analógicos da comunicação no mundo", declarou o publicitário Washington Olivetto no "Mariana Godoy Entrevista" (RedeTV!) da última sexta-feira (12).

E esclareceu: "A gente pode falar isso aqui, particularmente graças à competência do projeto Rede Globo de Televisão, não há dúvida". Olivetto ainda acrescentou sobre esse assunto: "É um país analógico espetacular, digital espetacular. E é um país que ainda tem lugares onde nem sequer é analógico ou digital porque não tem luz elétrica."

Sobre a questão de uma tecnologia cada vez mais avançada ir anulando outras formas de comunicação, Olivetto foi taxativo: "Todas as alternativas de comunicação continuarão muito válidas, não acho que nada vai morrer, tudo vai se interligar", afirmou. O publicitário citou o exemplo do rádio, que sobreviveu ao lançamento da televisão até os dias de hoje.

No telão, a apresentadora mostrou algumas fotos do seu convidado e observou: "Você está sempre sério". "Eu sou péssimo para fotografia. Eu sou como os índios: acho que a fotografia vai roubar a alma", alegou Olivetto com bom humor.

Corinthiano roxo, em uma das fotos estampava a camiseta do time do coração. Mas, consciente, não acredita que o Timão vá ganhar a Copa Libertadores. "Acho muito difícil pela desmontada que deu no time, mas acho que o Tite (treinador) já chega no segundo semestre pronto para ganhar mais um Campeonato Brasileiro", afirmou o torcedor fanático, que foi vice-presidente de marketing do time quando criou a famosa expressão "Democracia Corinthiana".

"Se jogar Corinthians e minha mãe (Dona Antônia), periga de eu torcer para o Corinthians. Minha mãe deve estar assistindo agora e vai ficar brava", exemplificou o publicitário sobre o quanto estima o seu time do coração.

"Eu fui ser publicitário porque descobri para que eu servia muito cedo", declarou Washington Olivetto. "Eu acho que todo o mundo só dá certo na vida se tiver essa sorte. Todo o mundo nasce para fazer alguma coisa, mas são poucos os que descobrem qual é a coisa", concluiu.

Telespectadores, estudantes de publicidade, pediram dicas a Olivetto para ter sucesso na profissão. "É muito difícil ficar dando palpite na vida dos outros... Mas para a garotada que está começando nesse negócio tem uma somatória de alguns fatores. Tem que ter algum talento, ninguém precisa ter muito talento para ser o melhor publicitário do mundo", garantiu Washington que é hiper bem-sucedido no métier.

E continua: "Tem que trabalhar muito e tem que saber administrar a sorte. E tem que, principalmente, se informar loucamente sem preconceito de informação", arrematou. "Eu nunca ouvi você falando mal de ninguém, por quê?", questionou a apresentadora. "Porque é perda de tempo," retrucou Olivetto. "Essa é uma característica de pessoas bacanas", concluiu Mariana Godoy.

"Mas acordar do meu lado é insuportável. Eu sou do tipo que dá bom dia ao dia, mesmo que tenha dormido por apenas três horas. E eu tenho um encantador defeito da minha mãe que eu transformei em qualidade: sou péssimo para dizer não", confessou Washington.

Seu filho Homero Olivetto acabou de lançar um filme com roteiro e direção suas: "Reza a Lenda", com Sophie Charlotte e Cauã Reymond (atualmente nos cinemas). "Eu gosto muito do filme, eu sou suspeito, é claro", confessou o pai coruja.

Renato Kramer

Natural de Porto Alegre, Renato Kramer formou-se em Estudos Sociais pela PUC/RS. Começou a fazer teatro ainda no sul. Em São Paulo, formou-se como ator na Escola de Arte Dramática (USP). Escreveu, dirigiu e atuou em diversos espetáculos teatrais. Já assinou a coluna "Antena", na "Contigo!", e fez críticas teatrais para o "Jornal da Tarde" e para a rádio Eldorado AM. Na Folha, colaborou com a "Ilustrada" antes de se tornar colunista do site "F5"

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