Renato Kramer

'A vilã dá possibilidade de sair do trivial', diz Flávia Alessandra

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"Café puro pra dar uma acordada!", foi o que escolheu a atriz Flávia Alessandra logo ao sentar-se para tomar o café da manhã no "Mais Você" (Globo) desta quinta-feira (21).

Flávia acabou de estrear como Sandra, a vilã de "Êta Mundo Bom", a nova novela das 18h da Globo, escrita por Walcyr Carrasco. Se ela curte fazer a vilã?

"É bom, não é? É a personagem que te dá possibilidade de sair de um trivial, isso é muito bom", afirmou Alessandra.

Já nos primeiros capítulos Sandra demonstra as suas características perversas. "Até sabermos que a minha tia (Eliane Giardini) teria tido um filho estava tudo muito bom. Eu e meu irmão (Rainer Cadete) criados por ela, o tio acabara de morrer e quando ela morresse, a gente é que iria herdar tudo, o plano perfeito, porque isso é o que importa pra Sandra", conta a atriz.

"Eis que veio a notícia de que a tia teve um filho, aí vai tudo por água abaixo. Sandra planejou a vida toda, não se casar e ter filhos como eram os objetivos das mulheres da época, ela queria apenas ter o dinheiro dela garantido", acrescenta Flávia sobre sua personagem em "Êta Mundo Bom".

Sobre as reações de Sandra nos primeiros momentos da trama, Alessandra explica: "É um 'limiarzinho' ali que a gente faz onde a gente tem que revelar pro público quem é essa mulher, mas não pode também entregar tudo – até porque eu estou ali na cena com a minha tia (Giardini), que é uma mulher à frente do seu tempo, não é uma mulher boba".

Quanto ao estilo 'diva' que a personagem de Alessandra apresenta, a atriz conta que foi feito um estudo e que Sandra seria uma mistura de Grace Kelly, com aquele seu lado de princesa classuda, com o lado picante Marilyn Monroe de ser. "Ela teoricamente é uma mulher à frente do seu tempo, me revelou o Walcyr na coletiva – pra mim foi uma surpresa!", confidencia a atriz. Para a interpretação, o estilo estudado foram os personagens mais duros de Marlene Dietrich e Bette Davis.

"Tem uma outra característica da personagem que me incomoda também: estar sempre muito feminina, feliz e sorrindo", confessa Alessandra. "Okay, eu sou feliz, bem humorada, mas aquela pessoa que está sempre sorrindo pra você me dá um medo!".

Quanto as eventuais comparações com a sua outra vilã, a Cristina de "Alma Gêmea" (2005), Flávia Alessandra declara: "Eu fico preocupada que ela não seja tão querida como foi Cristina. As pessoas me perguntam: ah, então você vai matar novamente? Eu digo que não, que espero que Sandra seja uma reencarnação mais elaborada!", brinca.

E explica: "A Cristina tinha outro tipo de vilania: era uma vilã dura, cujo objetivo era o amor de um homem, e não era reconhecida por esse amor, não sabia lidar com a sua sensualidade, outra vibe. A Sandra é uma mulher que como arma a sua sensualidade, que tem todos os homens que quer, que usa isso como forma de poder e não quer saber de amor", esclarece Flávia Alessandra.

Renato Kramer

Natural de Porto Alegre, Renato Kramer formou-se em Estudos Sociais pela PUC/RS. Começou a fazer teatro ainda no sul. Em São Paulo, formou-se como ator na Escola de Arte Dramática (USP). Escreveu, dirigiu e atuou em diversos espetáculos teatrais. Já assinou a coluna "Antena", na "Contigo!", e fez críticas teatrais para o "Jornal da Tarde" e para a rádio Eldorado AM. Na Folha, colaborou com a "Ilustrada" antes de se tornar colunista do site "F5"

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