Renato Kramer

'Queria ser bailarina, como Isadora Duncan', confessa atriz Débora Bloch

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A atriz Débora Bloch esteve no "Programa do Jô" (Globo) da última sexta-feira (18) para falar do seu novo projeto teatral: "Os Realistas".

Curiosamente, o pai da atriz e também ator Jonas Bloch também passou pela poltrona do Jô há pouco tempo. "Agora só falta trazer a minha irmã e os meus filhos que já estão adultos", comentou Débora. "A Júlia está com 21 e estuda cinema. O Hugo tem 18, acabou de fazer o Enem e deve estudar 'game designer'. Vai sustentar a mamãe, né?!", brincou Bloch.

"Evidente. Qual outro motivo pra se ter filho?", retrucou o apresentador. "Não tem. Não vejo outro porquê! Tem que ter algum retorno, não é?!"", entrou no jogo a entrevistada.

Jô aproveita para fazer grandes elogios ao ator Jonas Bloch e Débora reitera e acrescenta: "Além de tudo ele tem um coração enorme! Eu sou uma filha coruja!". "Mas com razão", emenda Jô.

Ainda sobre o seu pai, a atriz comenta que ele é tão bom artista quanto boa gente, o que nem sempre acontece. Débora citou então uma frase que gosta muito, sem saber a autoria: "Querer conhecer o artista porque gosta da obra é igual querer conhecer o ganso porque gosta do 'fois gras'!". "Não sei de quem é [a frase], mas foi o ator e diretor Gulherme Weber, que tem essas pérolas, que me contou essa", confidencia.

"Meu sonho era ser bailarina clássica. Quando adolescente eu li a biografia da Isadora Duncan (1877-1927) e eu queria ser a Isadora Duncan", confessa. "Claro. Até eu queria!", responde Jô. "Quem não queria? Eu fazia aula de balé o dia inteiro. Quando eu estreei no teatro eu parei de dançar", explica a atriz.

Crédito: Alex Carvalho/Divulgação/TV Globo Debora BlochCréditos: Globo / Alex Carvalho
Atriz Debora Bloch foi entrevistada no "Programa do Jô"

Sobre a nova peça, "Os Realistas", Débora explica que é de um autor jovem americano, Will Eno, e que ao assisti-la em Nova Iorque ficou apaixonada pelo texto: "Os diálogos são brilhantes e muito divertidos. O autor tem a herança do teatro do absurdo, foi considerado pelos críticos como o Becket da geração dele".

"A gente brinca que é uma comédia existencialista porque é um texto que você ri com lágrimas nos olhos, porque é um texto com diálogos reflexivos profundos, mas ao mesmo tempo muito divertidos", esclarece.

No elenco, Mariana Lima, Fernando Eiras, Emílio de Mello, além de Débora. "Ou seja: canastra real, né?!", brinca a atriz. A direção é de Weber, que já levou aos palcos outros trabalhos de Eno no Brasil. "Os Realistas" tem estreia prevista para o próximo dia 14 de janeiro no teatro Poeira (RJ). "E no dia 1º de abril a gente vem pra São Paulo —e não é mentira!", avisa.

Renato Kramer

Natural de Porto Alegre, Renato Kramer formou-se em Estudos Sociais pela PUC/RS. Começou a fazer teatro ainda no sul. Em São Paulo, formou-se como ator na Escola de Arte Dramática (USP). Escreveu, dirigiu e atuou em diversos espetáculos teatrais. Já assinou a coluna "Antena", na "Contigo!", e fez críticas teatrais para o "Jornal da Tarde" e para a rádio Eldorado AM. Na Folha, colaborou com a "Ilustrada" antes de se tornar colunista do site "F5"

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