'Roberto Carlos e o Diamante Cor de Rosa' reúne o trio de ouro da Jovem Guarda
Na mesma semana em que o 'Rei' foi homenageado no Grammy Latino, em Las Vegas (EUA), com o prêmio "Personalidade do Ano 2015", o canal Viva resgatou na última sexta-feira (20) um dos seus filmes mais emblemáticos: "Roberto Carlos e o Diamante Cor de Rosa" (de Roberto Farias).
O roteiro, também de Roberto Farias e Berilo Faccio, envolve um grande tesouro, contendo o tal "diamante cor de rosa", cujo mapa estaria escondido dentro de uma estatueta escondida entre outras iguais numa loja de souvenires japonesa.
Claro que tudo não passa de um estratégico e simpático argumento para colocar em ação na telona o trio de ouro da Jovem Guarda, que então eram os maiores expoentes da música pop nacional: Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Wanderléa. Não foi à toa que se tornou o filme mais visto no país em 1970.
O programa musical "Jovem Guarda", sucesso absoluto transmitido pela TV Record, havia terminado recentemente sob o comando de Erasmo e Wanderléa. Roberto Carlos se afastara para participar do Festival de San Remo 1968, o qual venceu com a bela "Canzone Per Te", de Sergio Endrigo.
Na trilha sonora, Roberto abre o filme cantando a deliciosa "As Curvas da Estrada de Santos". Em seguida emenda num clipe sensacional com a poderosa canção de Tim Maia, feita sob encomenda para o rei: "Não Vou Ficar". Mais tarde ainda canta a bela balada romântica "Custe o Que Custar".
Erasmo Carlos se apresenta com a sua sensual "Vou Ficar Nu Pra Chamar Sua Atenção". Wanderléa tem um momento mágico à beira mar: aparece linda e loura entre as rochas cantando da dupla Roberto e Erasmo a exuberante "Você Vai Ser o Meu Escândalo".
A trama começa com a Ternurinha querendo comprar uma bela estatueta de lembrança do Japão, sem fazer ideia da história do tesouro. Só que na hora da compra ela é interceptada pelo perigoso bandido internacional Pierre: ninguém menos do que o 'vilão oficial do cinema nacional', o talentoso gaúcho José Lewgoy (1920-2003).
Do Japão Roberto e Erasmo vão para Israel, sem perceber que Wanderléa fora sequestrada por Pierre por causa da bendita estatueta. Em Israel ouve-se, durante a perseguição de Pierre à dupla Erasmo e Wanderléa, a voz de Gal Costa na envolvente "Tuareg", de Jorge Benjor.
Voltando para o Brasil, os protagonistas ainda transitam pela Bahia e terminam com um apoteótico final feliz no Rio de Janeiro, com direito a encontrar o "diamante cor de rosa", tesouro e tudo cantando juntos num jipe conversível em alto astral a efervescente "É Preciso Saber Viver". Sessão nostalgia pura, da melhor qualidade. Como diz o rei: "são tantas emoções"!
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