A atriz Bruna Linzmeyer, que vive a intrépida Belisa em "A Regra do Jogo" (Globo), esteve no "Altas Horas" deste sábado (3).

Loiríssima atualmente, a atriz conta que já esteve morena, ruiva e com os cabelos cor de rosa (na novela "Meu Pedacinho de Chão") para encarnar seus personagens. Se ela se gosta loira? "Ah, eu gosto, gosto sim... mas eu ainda olho no espelho e me pergunto: quem sou eu?", confessa, sorrindo.

Bruna é induzida a participar "espontaneamente" do quadro de dublagem de uma cena junto com o ator Caio Castro, também convidado do programa. Ela tenta escapar, observando: "Quando eu aceitei esse convite eu não sabia que tinha isso, não". Mas não funcionou. Ela dublou Cláudia Jimenez e Caio o ator Edson Celulari numa cena de "As Brasileiras" (2012). Sempre no improviso, muito divertido.

Sobre ter sido descoberta para a carreira, Bruna declarou: "Há uma mistura de coisas entre o desejo que você coloca no mundo e alguém encontrar com esse desejo que você tem de ser encontrada, mas eu tinha 17 anos". Nascida em Corupá (SC), a atriz já morava em São Paulo quando foi descoberta.

Quanto à nova forma de captação das cenas da novela, com câmeras espalhadas no estilo reality show, ela explica como funciona: "Temos câmeras normais à vista, mas tem algumas que ficam escondidinhas e a gente fica num cenário fechado. Geralmente, na novela, tem três paredes e a quarta é aberta. Agora tem a quarta parede fechada, que a gente já usava no 'Meu Pedacinho de Chão'."

No telão uma cena em que Belisa desafia a mãe Nelita (Bárbara Paz) até levar um tapa na cara. "Como foi esse tapa?", quis saber o apresentador Serginho Groisman. "Teve um pouco de tapa, sim. Acho que nem foi preciso colocar sonorização, porque teve um pouco de tapa. Mas legal, porque tão difícil quanto levar um tapa é não levar e fingir que levou", argumenta a atriz.

Lembrando a infância, Bruna conta que cresceu numa cidade que tem mais de 170 cachoeiras, no meio do mato. "Eu sempre convivi muito com o mato, o banho de rio, os bichos, fazenda. Eu tinha um casal de gansos de estimação: o Lico e a Lica", confidencia.

Bruna comenta que fez uma personagem viciada em heroína em um filme de Neville de Almeida, que voltou a filmar depois de 18 anos. "É uma experiência radical, a Amsterdã se prostitui para alimentar o vício", informa a atriz.

O filme "A Frente Fria Que A Chuva Traz" será mostrado na próxima terça-feira (6), no Festival do Rio. "É uma única oportunidade de assistir esse ano, porque ele deve entrar em circuito só no ano que vem", avisa a bela Bruna Linzmeyer.

Renato Kramer

Natural de Porto Alegre, Renato Kramer formou-se em Estudos Sociais pela PUC/RS. Começou a fazer teatro ainda no sul. Em São Paulo, formou-se como ator na Escola de Arte Dramática (USP). Escreveu, dirigiu e atuou em diversos espetáculos teatrais. Já assinou a coluna "Antena", na "Contigo!", e fez críticas teatrais para o "Jornal da Tarde" e para a rádio Eldorado AM. Na Folha, colaborou com a "Ilustrada" antes de se tornar colunista do site "F5"