"A Teia" enreda o espectador em trama policial baseada em fatos reais
Uma cena de perseguição de tirar o fôlego deu início ao primeiro capítulo da série "A Teia" (Globo), que estreou nesta terça-feira (28).
Na direção do carro, que acaba capotando, estava Baroni (Paulo Vilhena, em ótima atuação), chefe da quadrilha que assaltou o avião que carregava 61 kg de ouro em Brasília, no ano 2000. No acidente, morre a sua amante Celeste (Andréia Horta) e ele foge carregando a filha dela, a menina Ana Teresa (Nathalia Costa) no colo. Cena forte e muito impactante.
Entre os policiais que o perseguiam estava o delegado Jorge Macedo, de codinome "cearense pinga-sangue" —vivido pelo talentoso ator baiano João Miguel, em seu primeiro protagonista na TV. Com sua vasta experiência em cinema, João Miguel imprime verossimilhança e um grande domínio em sua atuação na telinha.
No elenco, excelentes atores em participações para lá de especiais: Luciano Chirolli (Eudes Andrade), Roney Facchini (Nestor Muniz), Michel Melamed (Taborda), Denise Weinberg (Áurea) e Marat Descartes (Queiroz), entre outros.
O grande "showman" Mièle abrilhantou o episódio de estreia, vivendo o corrupto ex-senador Walter Gama. Destaque também para o ator Júlio Andrade (Charles) – que recentemente se destacou como o professor Joaquim na série "Serra Pelada - A Saga do Ouro" (Globo).
O roteiro foi escrito por dois craques do cinema: Carolina Kotscho ("2 Filhos de Francisco") e Bráulio Mantovani ("Tropa de Elite"). A direção ágil e precisa ficou ao encargo de Pedro Vasconcelos e Rogério Gomes, que declarou em entrevista recente: "Foi a missão mais difícil da minha vida". Eles prometem muita ação do início ao fim da minissérie, sem desprezar o conteúdo dramático e o constante clima de suspense.
Com direito ao som de Nirvana ("Come As You Are") na sua trilha sonora, "A Teia", que irá ao ar em 13 capítulos, começou bem e tem tudo para ser mais um belo trabalho na boa sequência de minisséries que a Globo vem apresentando.
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