Renato Kramer

Sabatella faz mandinga e patuá para trazer o amado de volta

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

'As Brasileiras' (Rede Globo) desta quinta-feira trouxe de volta à telinha uma atriz que nunca deveria se afastar dela: a sempre bela Letícia Sabatella. Ela era 'A Apaixonada de Niterói'.

O texto leve e cheio de graça de Jô Abdu, com a direção muito bem ritmada de Cris D'Amato, deu uma ótima oportunidade para a atriz mostrar todo o seu talento. Isso sem mencionar o fato de que o rosto de Letícia é uma verdadeira pintura emoldurada pelos limites da tela da TV.

Sabatella viveu Monique, que ao comemorar os seus trinta anos num almoço especial - para o qual levara duas passagens para Buenos Aires de surpresa, é surpreendida pelo 'fora' que leva do marido Marcelo (Caco Ciocler).

Crédito: Ique Esteves/Divulgação Globo Letícia Sabatella em "As Brasileiras"
Letícia Sabatella em "As Brasileiras"

"Acho que não é uma boa hora...mas não tem uma boa hora pra dizer o que eu tenho pra te dizer", arrisca Marcelo ao ver as passagens na mão de Monique, toda faceira. "Eu vou me separar de você!", conclui ele. Monique fica 'passada'.

Já em casa, ao vê-lo arrumar as suas malas, Monique suplica: "por que você está me deixando?!". "Não tenho um motivo pra eu tá te deixando...também não tem motivo pra eu tá ficando!", responde Marcelo, tentando explicar o inexplicável. "Você vai ficar bem", afirma ele já na porta. "Você é que vai ficar bem!", retruca Monique chorosa.

Caco e Letícia formaram uma bela dupla. Houve 'química' no casal, bate-bola rápido, olho no olho, jogo de cintura. Então entra em cena Julinha (Débora Lamm), a melhor amiga de Monique. "Marido bom é marido morto!", diz Julinha tentando consolar a amiga. Monique insiste em querê-lo de volta. "Eu também quero o Brad Pitt, mas ele cismou com aquela beiçuda!!!", retruca Julinha quase irritada.

Tempo de comédia perfeito, naturalidade e uma absoluta 'fé cênica' marcaram a excelente atuação de Débora Lamm no episódio de ontem de 'As Brasileiras'.

Mas a série ainda contou com mais gente talentosa. Camila Morgado aparece como a 'Mãe Vitória', que na verdade se chamava Sue Ellen, e promete trazer a pessoa amada em três dias! "Ôtcha!", exclama a mãe de santo ao receber Monique em seu consultório. "Mãe Vitória confundia esquerda com direita", diz a voz do narrador. "Ela tinha estudado no colégio do Tiririca", completa.

Camila, que viveu com brilho e muita intensidade a inesquecível Manuela de 'A Casa das Sete Mulheres' (Rede Globo - 2003), criou com a mesma habilidade a sua impagável 'Mãe Vitória'. "Vai pra casa preparar a cama que ele volta em três dias", afirmou ela.

Mas ele (Marcelo) não voltou. Pelo menos não para ficar. Ao recebê-lo na porta três dias depois, Monique jurou que era resultado da ajuda de 'Mãe Vitória'. "Você tá linda, tá magra... dieta?", pergunta Marcelo. "Sofrimento!", responde Monique.

Mas ele apenas pegou o seu violão e foi-se embora. Monique voou para o consultório de 'Mãe Vitória' para pedir-lhe explicações. Ela sugeriu-lhe um 'trabalho' mais forte. Um pequeno patuá, pela bagatela de quinhentos reais. "Foi com esse patuá que eu consegui tirar o meu Marcelo da parva da esposa dele!", conta Sue Ellen toda orgulhosa. Monique tem um insight. Tinha visto um patuá igual no chaveiro do marido, que também se chama Marcelo. Pronto. 'Lá se foi o boi com a corda'!

Monique prepara uma vingança para 'Mãe Vitória' e a leva em outra 'mãe de santo', na verdade a sua fiel amiga Julinha, que combinara de ajudá-la. "Você traz a pessoa amada em três dias?", pergunta 'Mãe Vitória'. "Três dias o quê?!", responde Julinha, "agora com a internet trago até em três horas!!!". No final, Monique e Marcelo descobrem que nasceram um para o outro.

Um quiprocó da melhor qualidade, com atores de primeira linha. E na tela, a sempre bela Letícia Sabatella.

Renato Kramer

Natural de Porto Alegre, Renato Kramer formou-se em Estudos Sociais pela PUC/RS. Começou a fazer teatro ainda no sul. Em São Paulo, formou-se como ator na Escola de Arte Dramática (USP). Escreveu, dirigiu e atuou em diversos espetáculos teatrais. Já assinou a coluna "Antena", na "Contigo!", e fez críticas teatrais para o "Jornal da Tarde" e para a rádio Eldorado AM. Na Folha, colaborou com a "Ilustrada" antes de se tornar colunista do site "F5"

Final do conteúdo
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem

Últimas Notícias