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De faixa a coroa

Mister Brasil que defendeu pauta LGBTQIA+ vai em busca de título mundial

Guilherme Werner, 27, concorre a Mister Supranational 2022 neste sábado (16)

Guilherme Werner, eleito Mister Brasil CNB 2022 - Divulgação
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São Paulo

O Mister Brasil CNB 2022, Guilherme Werner, 27, sobe agora mais um degrau em sua jornada, já que concorre neste sábado (16) ao título de Mister Supranational 2022. "Estou bastante preparado, sei que me dediquei muito e estou bem tranquilo. Quero agora aproveitar o momento e curtir essa experiência incrível", diz o catarinense, em conversa com a coluna.

Nos últimos dois meses, aliás, o rapaz conta que dedicou quase que exclusivamente todo o seu tempo à competição. Oratória, fluência em inglês, desenvolvimento pessoal e atividades físicas na academia foram o foco de sua rotina, para "chegar à Polônia com a cabeça relaxada".

Afinal, é preciso equilíbrio para aguentar a pressão da sexta edição do mundial, que acontece desde a semana passada em Nowy Sacz, na Polônia, e traz um grupo forte de 37 candidatos com sede de vitória. Considerado o principal concurso mundial de beleza masculina em atividade, o Mister Supranational vai eleger neste ano o sucessor do trono que hoje pertence ao peruano Varo Vargas, vencedor de 2021.

"Eu sempre vejo os misters que aparecem nas fotos que postam junto comigo nas redes sociais, mas não fico analisando muito. Acredito, sim, que tem candidatos muito fortes este ano, mas isso não muda nada para mim, pois enxergo que a disputa principal é comigo mesmo. Depende só de mim dar o meu máximo", filosofa.

Nessa esteira, ele acredita que sua maior facilidade é "interagir com todas as pessoas e ser muito disciplinado", enquanto a maior dificuldade está em esquecer alguma palavra em inglês, já que todos os discursos do Supra são feitos no idioma. "Acredito que posso ganhar, e estou aqui focado com esse objetivo", afirma.

MISTER DIVERSIDADE

Em maio passado, Guilherme arrebatou os jurados do Mister Brasil CNB 2022 com sua resposta ao vivo, no palco da final do concurso. Quando questionado sobre quem deveria exercer o papel de "provedor do lar", ele deu um show sobre diversidade familiar.

"Hoje as famílias são compostas por homem, mulher, dois homens, duas mulheres, ou muitas vezes uma avó, um neto. Então, não é uma regra o homem ser o provedor do lar. Eu acho que todos podemos ser provedores do lar, desde que haja respeito e amor", discursou na ocasião, sob aplausos da plateia.

O mister acredita que, mesmo com o bom desempenho nos dias anteriores, foi a resposta final que lhe deu o primeiro lugar. "O tema da minha resposta é muito válido, pois o que realmente importa é que as famílias sejam compostas de honestidade, amor, respeito e companheirismo, independente do gênero. Acredito na diversidade familiar", explica.

Agora o modelo e ator, que também é cirurgião-dentista, promete apresentar uma performance ainda melhor no mundial, além de defender o tema da diversidade sempre que puder. "Importante também, nesse contexto, é a luta do público LGBTQIA+ pelos seus direitos. Aconselho qualquer pessoa que tenha algum tipo de preconceito em relação a isso, parar para refletir", completa.

"O Mister Brasil é um título que tem muita representatividade para mim. Quero também poder ajudar mais os animais vítimas de maus tratos, e também crescer na minha carreira artística".

MELHOR MASCULINO

O Mister Supranacional é um spin off do feminino Miss Supranational, que terá sua 13ª edição realizada um dia antes de seu "irmão": na sexta, dia 15 de julho, também na Polônia —país sede da organização de ambos. Este ano, quem leva a faixa de Miss Brasil Supranational é a paulista radicada no Paraná Giovanna Reis.

Apesar de sua primeira edição ter sido realizada apenas em 2016, o Mister Supranational foi crescendo de mansinho em progressão geométrica. O show e etapas com entretenimento de altíssima qualidade, aliados a uma periodicidade assídua, são a fórmula perfeita para que a competição firme presença no setor e agrade aos fãs de todo o planeta.

Concursos masculinos mais antigos pecam nesses dois pontos, o que abriu espaço para o Supra. O Mister Mundo (ou World), por exemplo, não tem periodicidade definida, acontece a cada dois ou três anos, assim como o Manhunt International. Outros, como o Mister International e Mister Global, também perderam relevância significativa entre os melhores do mercado.

Além de Varo Vargas, entre os vencedores do Mister Supranational estão o mexicano Diego Garcy (2016), o venezuelano Gabriel Correa (2017), o indiano Prathamesh Maulingkar (2018) e o americano Nate Crnkovich (2019) —em 2020 o evento não ocorreu por causa da pandemia.​

De faixa a coroa

Fábio Luís de Paula é jornalista especializado na cobertura de concursos de beleza, sendo os principais deles o Miss Brasil, Miss Universo, Miss Mundo e Mister Brasil. Formado em jornalismo pelo Mackenzie, passou por Redações da Folha e do UOL, além de assessorias e comunicação corporativa.
Contato ou sugestões, acesse instagram.com/defaixaacoroa e facebook.com/defaixaacoroa

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