Ex-diretor do Miss Brasil se une a ex-misses para garantir o concurso em 2020
Evandro Hazzy já orientou nove vencedoras do Miss Brasil
Após posts misteriosos nas redes sociais, o ex-diretor do Miss Brasil Evandro Hazzy, 49, confirmou à Folha que o concurso acontecerá normalmente em 2020. A afirmação bota fim a um imbróglio iniciado em julho, quando a Band e a Polishop romperam a parceira de cinco anos para a realização do Miss Brasil.
“Estou trabalhando em um projeto para o retorno do concurso. São 65 anos de história que não podemos deixar morrer. Ainda estamos em fase de conversas e definições, estou conversando com a Band e vou trabalhar em parceria com ex-misses. Vai ter Miss Brasil em 2020”, explicou ele.
Procurada, a emissora paulista não confirma ainda o retorno do certame. “A Band, detentora das marcas do Miss Brasil, não confirma a realização do Miss Brasil e Miss Universo 2020. Se existir algum grupo interessado que queira patrocinar, será motivo de estudos por parte da diretoria comercial”, afirmou em nota.
Além de Hazzy e Patrícia Régia, diretora da Band, que devem atuar respectivamente como diretores de produção e comercial do projeto, algumas ex-misses também estarão envolvidas na equipe inicial da nova estrutura, intitulada de “Águia”.
Segundo Hazzy, são elas: as gaúchas Deise Nunes (Miss Brasil 1986) e Leila Schuster (Miss Brasil 1993), a cearense Flávia Cavalcante (Miss Brasil 1989) e a carioca Carla Godinho (Miss Rio de Janeiro 1985). A eterna Miss Brasil 2007 Natália Guimarães, 34, também já postou indícios da possível parceria em seu perfil na última semana.
“Sim... o Miss Brasil está vivo!! Preparem-se para uma nova era, um novo ciclo! Aguardem novidades incríveis!”, publicou Natália na última sexta-feira (4), em sua conta no Instagram. Com a mensagem, ela postou uma foto dos seus tempos de miss, em um vestido vermelho.
Hazzy também já havia usado suas redes sociais dizer que há novidades a caminho: “Agora sim, vem aí… Breve mais detalhes, uma nova era, uma nova roupagem!!!”, postou junto à imagem de uma coroa. “Muito trabalho, mas tudo vai ser lindo”, continuou horas depois, com uma foto em uma mesa de reuniões na TV.
Hazzy é gaúcho e, até 2014, orientou nove das vencedoras do Miss Brasil, onde foi diretor de 2012 a 2014. Antes disso, era coordenador regional do Miss Rio Grande do Sul. Hoje faz participações no programa Band Mulher e apresenta um reality show sobre misses no canal fechado E!.
CONCURSO À DERIVA
Desde que a parceria entre a Band TV e a Polishop foi desfeita em julho passado, a principal disputa de beleza nacional ficou à deriva. Sem expectativa de realização em 2020, misses eleitas, coordenadores estaduais que já tinham etapas em andamento, e o público ficaram em um terreno de incertezas.
À época, a Band divulgou que, mesmo sendo detentora dos direitos da franquia no país, não ia realizar a disputa no ano que vem. Portanto, o país não deveria ter uma representante no Miss Universo 2020.
“Após oito anos realizando e exibindo os concursos Miss São Paulo e Miss Brasil, cinco dos quais ocorreram por meio de uma sólida parceria com a Polishop, a Band comunica que não houve renovação do contrato, o qual termina este ano”, disse por nota assinada em conjunto pelas empresas.
Desde abril deste ano, as empresas estavam em negociação para renovar por mais cinco anos a parceira. Em entrevista exclusiva à Folha, em março deste ano, o dono da rede de varejo, João Appolinário, afirmou que a empresa tinha interesse na renovação e que investiu R$ 35 milhões na disputa.
A atual Miss Brasil, a mineira Júlia Horta, 24, disse na ocasião que estava triste e que não sabia qual seria o destino do concurso. “Seria muito triste não ter uma representante brasileira no Miss Universo, que é um concurso bastante importante”. Horta disputa agora o Miss Universo 2019, que ainda não teve data ou local definidos.
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