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Zapping - Cristina Padiglione

Novo canal de novelas terá 'Dez Mandamentos' e produções turcas

TNT põe no ar emissora só de folhetins, com alcance para toda a América Latina

Moisés (Guilherme Winter) e Ramsés (Sergio Marone) em cena da novela 'Os Dez Mandamentos', produzida pela Record em 2015 - Divulgação
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São Paulo

Esqueça o canal Viva. Ou melhor, não esqueça, já que a sintonia do Grupo Globo fica entre a liderança e a vice-liderança da TV paga desde 2020, alternando-se com GloboNews e SporTV. Mas para a Warner Bros. Discovery, conglomerado formado a partir da junção entre a Warner e a Discovery, o TNT Novelas, que será lançado na segunda-feira, 26 de junho, será "o primeiro canal só de novelas" do Brasil.

Será difícil derrubar esse título do Viva, que se abastece basicamente da mesma matéria e tem, quando muito, outros programas de entretenimento da Globo, com 90% do catálogo feito de produções nacionais de todas as épocas, a maioria do acervo da Globo, além de algumas mexicanas de sucesso da Televisa.

No TNT Novelas, também haverá produção brasileira, promete a vice-presidente de conteúdo do grupo, Mônica Pimentel, em entrevista à coluna. Enquanto a inédita "Beleza Fatal", com Murilo Rosa e Camila Pitanga, não vem, o novo canal cumprirá sua cota de títulos nacionais, como manda a lei da TV paga, com "Os Dez Mandamentos", que entrará na programação em agosto, pouco mais de um mês após a estreia da emissora.

Sucesso da Record em 2015, o folhetim já foi reprisado pela própria emissora algumas vezes e exibido também pela TV Brasil, canal público sustentado pelos cofres do governo federal, que comprou a obra para exibi-la durante a gestão de Jair Bolsonaro, aliado da rede de Edir Macedo.

Fora isso, o TNT Novelas será todo composto por produções turcas. Os turcos são os novos mexicanos do ramo e já colecionam estatuetas do Emmy International, quase sempre competindo com folhetins da Globo. "Amor Sem Fim", premiada com uma estatueta, é a grande promessa de lançamento, avisa Pimentel.

A Band foi o primeiro canal a trazer novelas turcas para o exigente telespectador brasileiro, habituado a produções de qualidade superior, dentro do padrão Globo. Mas o próprio GloboPlay também já aderiu à onda turca e conta com pelo menos três títulos do país em seu catálogo para assinantes. "São temáticas universais", justifica Pimentel.

"O TNT Novelas faz parte do processo de diversificação da Warner Bros Discovery, que atua em vários negócios complementares de entretenimento", diz, citando que o grupo reúne TV por assinatura, streaming, cinema, games e mídia digital.

"As pessoas perguntam por que lançar um canal na TV por assinatura, que está encolhendo? Pode até ter encolhido, mas ainda representa uma audiência extremamente relevante. Hoje temos 13 milhões de domicílios com TV por assinatura" no Brasil.

No menu da Warner, o TNT Novelas ocupará o espaço que antes cabia ao tbs, e tem vaga certa nas operadoras Claro, Sky, Vivo e OI.

O canal terá 7 horas diárias de programação inédita de segunda a sexta, com exibições em looping para horários alternativos. Aos finais de semana, a emissora exibirá maratonas das tramas vistas ao longo da semana e, só aí, algumas séries nacionais do acervo brasileiro do grupo, como "O Doutrinador", "Irmãos Freitas", "Um Dia Qualquer", "O Homem da Sua Vida" e "Destino Salvador".

Entre os títulos previstos para a programação que inaugura o TNT Novelas, estão "Será Isso Amor?", "Um Milagre", adaptação de "The Good Doctor", "Iludida", outra adaptação, dessa vez de "Doctor Foster", "Meu Lar, Meu Destino", e "Amor Sem Fim", vencedora de um Emmy.

Fazendo jus ao DNA da marca TNT, primeiro canal de filmes na TV paga brasileira a apostar em dublagem, tudo será dublado.

Em tempo: "Beleza Fatal" está prevista para 2024 e tem início de gravações planejado para setembro. O canal também já confirmou o projeto de um remake de "Dona Beja", novela produzida pela extinta TV Manchete em 1986. Grazi Massafera está cotada para o papel que foi de Maitê Proença como protagonista.

Zapping - Cristina Padiglione

Cristina Padiglione é jornalista e escreve sobre televisão. Cobre a área desde 1991, quando a TV paga ainda engatinhava. Passou pelas Redações dos jornais Folha da Tarde (1992-1995), Jornal da Tarde (1995-1997), Folha (1997-1999) e O Estado de S. Paulo (2000-2016). Também assina o blog Telepadi (telepadi.folha.com.br).

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