CNN Brasil bate Globonews em SP com áudio exclusivo
Mensagens de coronel obtidas por Daniela Lima levaram canal à liderança no segmento de notícias; GloboNews fica em 3º
Normalmente vice-líder no segmento de notícias na TV paga, a CNN Brasil ultrapassou os concorrentes entre as 14h58 e 17h55 de segunda-feira (8), empurrando a GloboNews, usualmente líder no nicho, para o 3º lugar, atrás da TV Jovem Pan. O ranking é da Grande São Paulo, região mais relevante para a TV por concentrar o maior número de consumidores e a maior verba publicitária do país.
O feito é mérito do material exclusivo levado por Daniela Lima à tela da CNN Brasil no horário, mostrando pela primeira vez mensagens que comprometem o coronel do Exército Élcio Franco, funcionário de confiança do governo Bolsonaro, ex-número 2 do Ministério da Saúde e assessor da Casa Civil.
Áudios ali apresentados apontam para sua presença no centro da conspiração que motivou a invasão dos Três Poderes em 8 de janeiro deste ano.
Na Grande São Paulo, a CNN obteve 0,50 ponto na faixa horária do programa apresentado por Daniela, o CNN 360, ante 0,39 da Jovem Pan e 0,32 da GloboNews. Segundo esses parâmetros, cada ponto percentual na TV paga equivale a 25.238 domicílios, já que considera apenas a base de assinantes de TV.
Já no PNT, o Painel Nacional de TV, que reúne as 15 regiões metropolitanas de maior consumo, incluindo a Grande São Paulo, o Breaking News do áudio durante o CNN 360 ficou em 2º lugar, com 0,30 ponto, ante 0,53 da GloboNews e 0,29 da Jovem Pan. No PNT, cada ponto na TV paga corresponde a 84.372 lares. Por esse cálculo, a CNN teria alcançado 25.311 residências, mas quase a metade desse montante está em São Paulo.
Os diálogos revelados pela CNN entre o coronel Élcio Franco e o ex-major do Exército Ailton Barros foram obtidos no âmbito da Operação Venire, que investiga a falsificação de dados sobre a vacinação contra a Covid. De acordo com os áudios, Barros afirma que o melhor caminho seria "convencer o general Pimentel", chefe da Brigada de Operações Especiais de Goiânia, a prender o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
Comentários
Ver todos os comentários