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Zapping - Cristina Padiglione
Descrição de chapéu jornalismo

Ernesto Paglia volta à tela da Globo pelos 50 anos do Globo Repórter

Celebrações terão início no dia 31, com série que resgatará também cenas icônicas de Glória Maria

O jornalista Ernesto Paglia
Ernesto Paglia na comemoração dos 50 anos do Globo Repórter - Divulgação
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São Paulo

Fora da Globo desde fevereiro, após 43 anos de casa, Ernesto Paglia voltará à tela da emissora especialmente para celebrar os 50 anos do Globo Repórter.

O aniversário será celebrado em uma série de cinco programas que vão ao ar a partir da próxima sexta-feira, 31 de março: "Nesses cinco programas especiais, vamos mostrar como os brasileiros se informaram assistindo ao Globo Repórter, com novidades, do Brasil e do mundo, e como esse conhecimento teve impacto na vida deles", diz a diretora Mônica Barbosa.

Lá estarão Paglia, Pedro Bassan, Beatriz Castro, Lilia Teles e Jorge Pontual, que assinam as reportagens especiais a serem exibidas até 28 de abril.

Atual apresentadora do jornalístico, Sandra Annenberg fala sobre a sua relação com o programa: "Minha relação com o Globo Repórter começa desde que eu me conheço por gente. Eu tinha 4 anos quando ele estreou, cresci com ele. Me lembro de ouvir a música da vinheta e saber que era hora de ir pra cama. Com o passar do tempo, podia ficar acordada para vê-lo. Quando fui para o jornalismo da Globo, há 32 anos, trabalhar no programa era o sonho de todo repórter."

"Como telespectadora", continua Sandra, "fui transportada para os lugares mais fascinantes e sei que muita gente conheceu os quatro cantos do mundo através do Globo Repórter. Poder oferecer essa experiência para as pessoas é gratificante e estar a bordo dessa equipe é um privilégio", completa.

Abrindo as comemorações no dia 31, Paglia assina a reportagem especial sobre tecnologia. Em 1983, o jornalista integrou a equipe que renovou a linguagem do Globo Repórter, onde ficou com exclusividade pelos três anos seguintes. Na edição comemorativa, Paglia refaz a cena da primeira ligação de celular da história, realizada no dia 3 de abril de 1973, mesmo dia da estreia do Globo Repórter.

Cinquenta anos depois, Paglia pede uma descrição do Globo Repórter ao recém-lançado chatGPT.

No dia 7 de abril, Pedro Bassan joga holofotes sobre as mudanças na sociedade nas últimas cinco décadas. Quando o primeiro programa foi ao ar, a mulher brasileira ainda não tinha os direitos jurídicos iguais ao homem e nem mesmo o divórcio existia.

O episódio vai tratar do comportamento dos brasileiros e mostrar o que mudou nas cidades, no trabalho e no casamento, mas também o que ainda se mantém na vida do país, em casos de racismo, machismo e preconceito. O programa reencontrou pessoas que abriram suas vidas para o Globo Repórter para contar o que aconteceu com elas nos últimos anos.

Saúde e qualidade de vida, outro ponto alto do programa, englobando alimentação saudável, combate ao estresse e ansiedade estarão no leque da edição de Lilia Teles, em 14 de abril. O programa encontrou pessoas que escolheram a profissão que exercem hoje em função de um Globo Repórter a que assistiram na juventude. Outros mudaram de comportamento, passaram a praticar atividade física ou a se alimentar melhor depois de tomarem conhecimento de pesquisas científicas divulgadas naquele espaço.

A pauta ambiental entra pelo pioneirismo do Globo Repórter na abordagem de sustentabilidade. A efeméride valerá para lembrar que o programa foi um dos primeiros a ter autorização para desbravar Fernando de Noronha e a produzir matérias jornalísticas numa aldeia yanomami, levantando ainda bandeiras ecológicas como a defesa das baleias. Esse enfoque faz parte da edição programada para 21 de abril, com Beatriz Castro, que vai ao Parque do Xingu para revisitar os indígenas que apresentam a emocionante cerimônia do quarup.

No encerramento da série de programas especiais, em 28 de abril, diretamente de Nova York, Pontual convida o público a rever culturas que o programa apresentou aos brasileiros e também relembra as viagens que marcaram a história da TV brasileira, algumas icônicas feitas por Gloria Maria --é claro que ela não poderia ficar de fora das comemorações.

É bem verdade que há muito tempo o Globo Repórter abandonou as pautas áridas. Quando isso passou a se consolidar, a atração enfrentou um período em que foi até pejorativamente tachada como "programa de bichinhos".

A mudança, no entanto, logo encontrou o eixo de um jornalístico ciente de que o telespectador que se refestela no sofá nas noites de sexta-feira quer mais é relaxar e se entreter, muitas vezes ao lado de filhos, netos e familiares mais velhos, sem constrangimentos.

Mesmo as edições sobre saúde passariam a abordar doenças sempre pelo aspecto positivo, ressaltando prevenção e curas.

Dentro desse princípio, o programa consegue abraçar com louvor a família toda, sem cenas proibitivas para menores e com cenários prontos para gerar curiosidade e conhecimento.

O Globo Repórter vai ao ar às sextas-feiras, atualmente após o BBB 23, e a partir de 28 de abril, após a novela "Travessia".

Zapping - Cristina Padiglione

Cristina Padiglione é jornalista e escreve sobre televisão. Cobre a área desde 1991, quando a TV paga ainda engatinhava. Passou pelas Redações dos jornais Folha da Tarde (1992-1995), Jornal da Tarde (1995-1997), Folha (1997-1999) e O Estado de S. Paulo (2000-2016). Também assina o blog Telepadi (telepadi.folha.com.br).

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