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Zapping - Cristina Padiglione

Copa: Cazé TV homenageia Galvão Bueno e promete 'coisa grande' para 2023

Criado para o mundial, canal ganhou 6,13 milhões de inscritos em 40 dias e inaugurou novo modelo de negócios

Casimiro Miguel, Luís Felipe Freitas e Guilherme Beltrão
Casimiro, o narrador Luís Felipe Freitas e Guilherme Beltrão em transmissão de despedida da Cazé TV da Copa do Qatar - Reprodução Youtube
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São Paulo

Capaz de reunir 6,13 milhões de inscritos em um prazo de 40 dias, a Cazé TV nasceu para honrar a parceria do youtuber Casimiro Miguel com a LiveMod, que negociou os direitos do mundial para o YouTube, mas não será encerrada com o fim da competição.

Após baterem recordes mundiais por três vezes consecutivas com as transmissões de jogos do Brasil, Casimiro e o narrador Luís Felipe Freitas prometem novidades para 2023 naquele espaço, ainda sem anunciar o que virá no ano que vem.

Na despedida das transmissões da Copa do Qatar, neste domingo, 18, após a vitória da Argentina sobre a França, Freitas e Casimiro celebraram o feito inédito de terem transmitido um evento desse porte por "um canal que leva o nome de uma pessoa". "A lógica se subverteu", explicou o narrador, ao falar sobre o inusitado fato de até muito pouco tempo atrás a transmissão de uma Copa do Mundo ser algo inalcançável até para estações de TV e empresas de mídia altamente estruturadas.


Basta dizer que a Globo tem abocanhado as transmissões de Copa no Brasil sozinha nos últimos anos, muitas vezes correndo o risco de arcar com prejuízos, de tão caros que podiam custar os direitos de transmissão de um evento desse porte.

Ao sublinhar o quanto é revolucionário pensar no atual modelo de distribuição de direitos esportivos, que têm se fragmentado entre canais e plataformas distintas, Freitas homenageou Galvão Bueno, maior locutor de esportes da TV brasileira em todos os tempos, que se despediu da função de narrador com a final entre Argentina e França.

"Um beijo pro Galvão Bueno, que me inspirou a ser o narrador que eu sou, e narrou hoje o seu último jogo em Copa do Mundo, e que eu não pude ver nenhum nessa Copa, porque todas as vezes que ele estava narrando, eu estava narrando também. Todos os outros eu vi com ele", disse Freitas, que disse ter ficado um mês sem comer carne para assegurar a limpeza da voz nas locuções.

As transmissões dos jogos do Brasil pela Cazé TV chegaram a alcançar 6,2 milhões de aparelhos conectados simultaneamente durante o jogo entre a seleção brasileira e Croácia, que eliminou nossa camisa amarela da Copa do Qatar. Contra a Suíça, o canal já tinha marcado 4,2 milhões de conexões no pico da transmissão, e contra a Coreia do Sul, foram 5,2 milhões.

NÚPCIAS NA ÁREA

Antes de anunciar as próximas perspectivas para o canal em 2023, Casimiro só tem um plano: casar-se com a namorada, Anna Beatriz Lima. A cerimônia estava marcada para acontecer pouco antes do início da Copa, quando o noivo foi surpreendido pela contaminação da Covid, condição em que se encontrava na ocasião da estreia do canal.

Casimiro promete também retomar suas lives no ritmo anterior às transmissões da Copa, que pedem transmissões mais complexas, com outras presenças. Além de Freitas, as transmissões contaram com os ex-jogadores Denilson e Juninho Pernambucano como comentaristas, além de uma grande equipe de produtores e repórteres no Qatar.

A Cazé TV, portanto, ficará montada para os projetos a seguir, em um casarão reformado pela LiveMode para abrigar os estúdios de onde toda a transmissão foi feita.

"Agora a gente ainda não pode falar, tem muita coisa grande vindo aí, mas lá atrás, quando convidamos as pessoas para virem, só tinha a Copa, e as pessoas toparam", celebrou Casimiro, agradecendo a Juninho e Denilson pela parceria.

Fora o que a LiveMode faturou com o altíssimo número de visualizações no YouTube, a Copa do Mundo pela Cazé TV atraiu seis patrocinadores: Nubank, Coca-Cola, McDonalds, iFood, Unilever com Rexona e Clear, Estrelabet. Além deses, a empresa conta com outras duas grandes marcas que construiu toda a caminhada para Copa na Cazé TV: Vivo e Brahma.

Zapping - Cristina Padiglione

Cristina Padiglione é jornalista e escreve sobre televisão. Cobre a área desde 1991, quando a TV paga ainda engatinhava. Passou pelas Redações dos jornais Folha da Tarde (1992-1995), Jornal da Tarde (1995-1997), Folha (1997-1999) e O Estado de S. Paulo (2000-2016). Também assina o blog Telepadi (telepadi.folha.com.br).

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