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Zapping - Cristina Padiglione

Estreia do Brasil na Copa rende à Globo o recorde de audiência do ano

No YouTube, canal de Casimiro superou 3,5 milhões de conexões ao vivo e 2 milhões de inscritos

Richarlison comemora gol contra a Sérvia na estreia do Brasil na Copa do Qatar, no estádio Lusail, ao norte de Doha - Photo by Giuseppe CACACE / AFP
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São Paulo

Com pico que superou 52 pontos na Grande São Paulo, a transmissão da Globo para a boa estreia do Brasil na Copa do Qatar rendeu à emissora a audiência mais alta do ano.

Na média total do horário do jogo, o placar em São Paulo foi de 50 pontos, um crescimento de 285%, o que corresponde a 37 pontos a mais que o saldo do horário, na comparação com as quatro semanas anteriores.

No PNT, o Painel Nacional de TV, que soma as 15 regiões metropolitanas de maior audiência do país, o saldo foi de 51,4 pontos, o que também equivale a um progresso de 37 pontos. Em dados percentuais, a Globo cresceu 264% na região, também em comparação com as quatro quintas-feiras anteriores nesse mesmo horário das 16h às 18h.

No Rio, a média da estreia do Brasil no Qatar somou 50 pontos, ou 35 pontos acima do habitual.

No universo de aparelhos ligados no PNT, 77% sintonizavam a Globo no horário do jogo. Fazendo o recorte de São Paulo e Rio, essa fatia foi de 76%.

Os dados são aferidos pelo instituto Kantar Ibope Media.

Entre as maiores audiências deste ano, a morte de Tenório, personagem de Murilo Benício em "Pantanal", somou 45 pontos de média na Grande São Paulo.

Cada ponto corresponde atualmente a 205.755 mil na região, e a 713.821 no PNT, o Painel Nacional de TV, que engloba as 15 regiões metropolitanas de maior consumo do país.

Mesmo com o inevitável delay promovido pelo sinal de internet, a transmissão de Casimiro Miguel pelo Cazé TV, no YouTube, superou 3,5 milhões de conexões, e ainda teve mais 350 mil pelo Twitch. Criado em parceria com o LiveMode há 12 dias para a exibição dos jogos da Copa no portal de vídeos do Google, o canal superou 2 milhões de inscritos no YouTube no pós-jogo entre Brasil x Sérvia.

O Cazé TV também é visto pelo streaming da Fifa+, onde teve 200 mil acessos durante o jogo. Tudo isso somado dá à transmissão de Casimiro mais de 4 milhões de conexões. Só no YouTube, que calcula em 2,2 a estimativa média de espectadores em cada conexão, são mais de 7 milhões de pessoas simultaneamente, um número impressionante para uma transmissão via streaming.

QATAR X RÚSSIA

Os números da Globo superam a estreia do Brasil na Copa da Rússia, há quatro anos e meio, quando a partida contra a Suíça marcou 50,7 pontos de média no PNT, com 80% de participação entre os televisores ligados. Em termos percentuais, há um empate técnico em 51 pontos, mas cada ponto representa hoje 20.035 pessoas a mais que em 2018.

O jogo contra a Costa Rica, a seguir, registrou 60,3 pontos de média no PNT.

Na ocasião, cada ponto no Painel Nacional de TV equivalia a 693.786 telespectadores. Além disso, em 2018 não tínhamos transmissão pelo streaming, como agora temos pelo GloboPlay e pelo YouTube. Há quatro anos, a exibição se concentrava entre Globo, SporTV e FOX Sports.

Na comparação entre os totais de público que a Globo atingiu contra a Costa Rica há quatro anos e agora, tivemos 35,17 milhões de pessoas ligadas na emissora em 2018, ante 36,69 milhões sintonizados na emissora durante o duelo com a Sérvia, nesta quinta.

No PNT e na Grande São Paulo, a Globo não alcança mais de 50 pontos desde as quartas de final da Copa de 2018, quando o Brasil foi eliminado pela Bélgica. A partida, em 6 de julho de 2018, uma sexta-feira, obteve 55 pontos de média e foi sintonizada por 82% das TVs ligadas, tanto no PNT como na Grande São Paulo.

Já no Rio, o recorde foi batido em 23 de julho de 2019, na semifinal da Libertadores da América, quando o Flamengo enfrentou o Grêmio e a audiência foi de 52 pontos de média na região, com 70% de participação entre os aparelhos ligados na Grande Rio.

Mas, considerando jogo de estreia do Brasil em Copas do Mundo, o placar atual é o maior desde a Copa de 2006, na Alemanha.

Zapping - Cristina Padiglione

Cristina Padiglione é jornalista e escreve sobre televisão. Cobre a área desde 1991, quando a TV paga ainda engatinhava. Passou pelas Redações dos jornais Folha da Tarde (1992-1995), Jornal da Tarde (1995-1997), Folha (1997-1999) e O Estado de S. Paulo (2000-2016). Também assina o blog Telepadi (telepadi.folha.com.br).

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