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Zapping - Cristina Padiglione

Domingo muda, mas Eliana ainda é a única no comando de auditório

Apresentadora fala à coluna sobre seus 12 anos recém-completados no SBT

Mara Maravilha abre seu coração para Eliana - Lourival Ribeiro/SBT
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Nas telas desde a adolescência, Eliana, 47, completa nesta semana 30 anos de carreira e 12 como apresentadora do Programa Eliana, no SBT. A artista conta que as primeiras oportunidades surgiram como surpresas, como quando Silvio Santos a convidou para integrar o elenco de apresentadores infantis do SBT, em 1991.

“Apostei tudo e fui, tive que acreditar que daria certo. Depois recebi uma proposta para ir pra Record, onde passei 11 anos e fiz uma transição profissional importante, indo para os domingos”, recorda.

Tendo se desenvolvido sob o olhar do público, a artista comenta que seu maior desafio foi abdicar de sua vida pessoal, família e amigos, em detrimento da profissionalNa época, Eliana interrompeu a faculdade de Psicologia que cursava para dar sequência à carreira artística.

Anos depois, a apresentadora foi convidada para voltar ao SBT, dessa vez para dividir as tardes de domingo com Silvio Santos. Após 12 anos, Eliana continua sendo a única mulher no comando de um programa de auditório aos domingos.

“É uma vitória! Uma presença feminina falando com a família”, afirma ela, em entrevista por escrito, intermediada por seu assessor de imprensa.

O espaço historicamente ocupado por homens teve uma chance de mudança em 2021, quando a Globo anunciou alterações em seu auditório de domingo. No entando, a emissora optou por trocar um homem por outro, mantendo o padrão de mais de 30 anos.

Entre as perguntas encaminhadas à apresentadora, ela não respondeu se, ao longo de seus 30 anos de carreira em um ambiente majoritariamente machista, já havia sofrido injustiças ou sido alvo de assédio.

Além de receber outros artistas e musicais, seu programa aborda assuntos que vão desde a luta contra a violência doméstica, passando pela autoestima feminina, até as clássicas histórias de superação de que a TV tanto gosta.

Ainda assim, Eliana observa que “ser mulher no Brasil, um país que ainda sofre muito com o machismo, a desigualdade e a violência de gênero, nos obriga a ser duronas e impor respeito o tempo todo. É cansativo”.

Frente aos desafios da carreira, a loira afirma ter se mantido firme, priorizando o respeito ao público e aos colegas de profissão. Para ela, as adaptações e concessões que fez a levaram a ser quem é hoje como mãe (de Arthur, fruto de seu casamento com o produtor musical João Marcelo Bôscoli, e Manuela, do atual marido, o diretor Adriano Ricco), mulher e profissional.

“Ao longo desses 30 anos como comunicadora, ganhei confiança, experiência e credibilidade. A vida é feita de escolhas e tudo tem consequências, creio que fiz as escolhas certas, no tempo certo”.

Em seu programa no SBT, não foram poucos os momentos em que a apresentadora apareceu emocionada, chorando de felicidade ou compartilhando momentos desafiadores de sua vida pessoal, como em sua última gestação.

Segundo a comunicadora, sua relação com o público se assemelha àquela que compartilha com os amigos. “É libertador quando conseguimos nos desarmar, nos sentir à vontade com os próprios sentimentos e demonstrar nossa humanidade”, afirma.

A apresentadora foi convidada pela Netflix, em conjunto com a Produtora Floresta, para apresentar um programa diferente do que realizou até hoje. Segundo o site NaTelinha, trata-se de um gameshow em que donos de lojas disputarão o título de melhor empresa do Brasil, eleito por jurados. “Sou movida por desafios... E que venham mais!”, conclui.

Zapping - Cristina Padiglione

Cristina Padiglione é jornalista e escreve sobre televisão. Cobre a área desde 1991, quando a TV paga ainda engatinhava. Passou pelas Redações dos jornais Folha da Tarde (1992-1995), Jornal da Tarde (1995-1997), Folha (1997-1999) e O Estado de S. Paulo (2000-2016). Também assina o blog Telepadi (telepadi.folha.com.br).

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