Na onda do livro digital
Versão é opção mais em conta, mas papel é insubstituível
Em 2013, quando ganhei da minha irmã, Giulia, minha primeira e única versão do Kindle (livro digital), confesso que fiquei um pouco na dúvida se ele seria útil. Para quem ainda não conhece, é basicamente um livrinho pocket leve que é capaz de armazenar centenas de outros livros –um leitor para ebooks criado pela Amazon.
Para virar a página, é só clicar em uma setinha, que permite avançar e voltar, como se estivesse mexendo no papel com as mãos mesmo. Há versões touch em que é possível movimentar a tela com o dedo e navegar na internet, como um tablet. Mas o meu, que foi o mais em conta mesmo, acaba cumprindo apenas a (ótima) função de livro digital.
Desde então, já se passaram seis anos e foram muitos os livros que li ali. São chamados de ebooks. E as utilidades são diversas: dá para ler no ônibus sem precisar carregar peso, levar em uma viagem diversas obras, baixar no conforto de casa em dois minutos aquele título que você estava morrendo de vontade de ler e, o melhor, é mais barato. Um ebook chega a custar um quarto dos livros de papel, dependendo da promoção. Saraiva, Amazon e Livraria Cultura são exemplos de lojas que têm sempre boas opções.
É preciso pagar, claro, e ter uma conexão wi-fi. Mas uma ideia é baixar versões de obras clássicas que estejam em domínio público. Aí elas são gratuitas. Um exemplo é o Brasil ePub, que disponibiliza títulos de autores como Machado de Assis (1839-1908) e Aluízio de Azevedo (1957-1913). Já o portal Domínio Público foi criado pelo Governo Federal, para dar acesso só à obra de escritores nacionais.
Existe ainda a possibilidade de baixar um aplicativo de leitura no celular. Durante a minha última viagem, em que ficava muito tempo no ônibus, li dois livros inteiros ali.
Mas é bom sempre lembrar: o livro digital é apenas mais uma opção que a tecnologia traz. Nem ele, nem outra invenção substitui o bom e velho folhear de páginas -que permite ao leitor viajar no tempo, viver outras histórias e aprender muito sem sair do lugar. Ele não precisa de bateria, pode ser rabiscado... é insubstituível.
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