Grupo sediado nos EUA pede personagens LGBT em 20% dos filmes até 2021
'É hora de histórias LGBTQ serem incluídas nesta conversa', disse a presidente do GLAAD
O filme de amor gay "Me Chame Pelo Seu Nome" pode ter ganhado um Oscar de roteiro, e "A Bela e a Fera", atração familiar da Disney, tem um personagem homossexual, mas no ano passado os filmes dos grandes estúdios de Hollywood tiveram a menor porcentagem de personagens lésbicas, gays, transgênero e bissexuais desde 2012.
Os dados pertencem a um relatório divulgado nesta terça (22) pela organização GLAAD (aliança de gays e lésbicas contra a difamação, na sigla em inglês). O grupo de defesa de gays e transgênero disse em seu informe anual Índice de Responsabilidade dos Estúdios que, dos 109 lançamentos dos 7 maiores estúdios em 2017, só 14, ou 12,8%, incluíram personagens LGBTQ.
O GLAAD pediu que 20% dos lançamentos anuais de Hollywood incluam um personagem gay, lésbica, transgênero, bissexual ou de gênero fluido até 2021, elevando essa taxa para 50% da produção até 2024.
Sucessos de bilheteria como "Mulher Maravilha" e "Pantera Negra" destruíram a noção, já antiga nos estúdios norte-americanos, de que filmes que destacam mulheres ou pessoas de cor não têm apelo global, disse a organização.
“É hora de histórias LGBTQ serem incluídas nesta conversa”, disse a presidente do GLAAD, Sarah Kate Ellis, no relatório.
A entidade elogiou títulos como o filme de tênis "A Guerra dos Sexos", o vencedor do Oscar de melhor filme "A Forma da Água" e "Uma Mulher Fantástica", filme independente chileno sobre um transgênero que levou o Oscar de melhor filme estrangeiro em março.
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