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Cinema e Séries
Descrição de chapéu câncer

Estrela de filme sobre câncer, Suzana Pires enfrentou a realidade da doença com o pai

Parente chegou a receber expectativa de seis meses de vida após diagnóstico, quando ela escrevia o roteiro de 'Câncer com Ascendente em Virgem', que estreia na quinta (27)

A imagem mostra uma mulher com cabelo raspado, sorrindo. Ela está vestindo uma blusa de manga longa com padrões em preto e branco. O fundo é desfocado, mas parece ser um ambiente interno com alguns objetos visíveis.
Suzana Pires com os cabelos raspados no filme 'Câncer com Ascendente em Virgem' - Mariana Vianna/Divulgação
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São Paulo

Roteirizar e protagonizar o filme "Câncer com Ascendente em Virgem" foi bastante desafiador para a atriz Suzana Pires, 48. Isso porque, durante a escrita das páginas, teve de lidar com a doença dentro da família. Seu pai chegou a receber uma expectativa de vida de seis meses após ter o diagnóstico de câncer de pulmão. Felizmente, João Felippe, o Felippão, está bem e o prazo não se concretizou.

Além disso, Suzana decidiu raspar os próprios cabelos para dar mais veracidade ao papel do longa escrito por Rosane Svartman e que aborda o câncer de mama na personagem Clara, uma professora de matemática que vê sua vida mudar após o diagnóstico. O filme estreia nesta quinta (27) nos cinemas.

"Meu pai teve câncer enquanto eu escrevia o roteiro, e quando eu raspei, ele falou que também iria raspar e voltou com um tufo no meio da cabeça. Foi marcante", lembra ela, que afirma que era preciso dar "verdade absoluta" às cenas.

"Após escrever a cena, eu já decidi ir me despedindo dos meus cabelos. Não teve sofrimento por conta da mensagem que eu desejava passar. Minha vida toda eu fui cabeluda, mas agora não quero saber de outra vida, cabelo curto dá liberdade", afirma. "Foi o máximo ficar careca."

Uma das cenas mais marcantes do longa é aquela em que Marieta Severo, que interpreta a mãe esotérica Leda, passa a máquina na cabeça da filha após ela perceber que os fios estão caindo com maior rapidez. Parte da filmagem foi improvisada, já que a veterana atriz solta uma piada que não estava no roteiro que faz a protagonista ir do choro a uma gargalhada sincera.

"Me encantei com o filme. Traz elementos de leveza e da capacidade de acreditar. Aborda o apoio entre as mulheres, o amor e a positividade", resume Marieta.

Na trama, a professora gosta de manter tudo sob controle, mas precisa aprender a lidar com a vulnerabilidade e o imprevisível quando descobre que tem câncer de mama. A partir disso, enfrenta dias ruins e outros melhores ao lado da filha adolescente, Alice (Nathalia Costa), e da mãe, Leda (Marieta).

A história é baseada na vivência da produtora Clélia Bessa, que se curou em 2008 e registrou tudo em um blog que virou livro.

"Na hora do 'gravando', eu não funcionava racionalmente, era só emoção. Filmávamos cinco dias e descansávamos dois. Mas nas folgas eu desmarcava tudo porque só conseguia ficar deitada pela carga emotiva. Eu trabalhei a vida toda para fazer esse filme", resume Suzana.

Na opinião de Rosane Svartman, a dramédia tem como intuito tocar o coração das pessoas em um tema relevante que afeta cerca de 75 mil mulheres todos os anos no Brasil, segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer). "É sobre a jornada. É preciso emocionar, divertir e fazer refletir. Um assunto que merece ser iluminado com responsabilidade."

Uma das músicas do filme é "Tudo Vai Passar", uma composição inédita feita para a história cantada por Preta Gil. A artista recebeu o diagnóstico de câncer de intestino.

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