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Cinema e Séries

Transgêneros pedem em carta que Hollywood conte melhor suas histórias

Scarlett Johansson desistiu de fazer homem trans após críticas

Hilary Swank e Jared Leto, que ganharam o Oscar ao interpretarem pessoas transgênero no cinema
Hilary Swank e Jared Leto, que ganharam o Oscar ao interpretarem pessoas transgênero no cinema - Fotomontagem/AP
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Jill Serjeant
Los Angeles
Reuters

Grupos de transgêneros, apoiados por mais de 40 empresas de televisão e de produção cinematográfica, exortaram Hollywood nesta terça-feira (7) a se empenhar mais em contar suas histórias na telinha e na telona.

Em uma carta aberta publicada na revista especializada Variety, eles pediram que Hollywood "use seu poder para melhorar as vidas das pessoas trans mudando o entendimento que a América tem das pessoas trans".

A carta "Querida Hollywood foi assinada pelos grupos de defesa de gays, lésbicas e transgêneros GLAAD e Outfest, além do sindicato de atores SAG, agentes de atores e produtoras lideradas por nomes como Judd Apatow e Ryan Murphy.

"Crescemos vendo filmes e programas de TV nos quais somos retratados quase exclusivamente como vítimas trágicas, assassinos psicóticos e estereótipos unidimensionais", diz a carta. Segundo um estudo do GLAAD, nenhum dos 109 filmes lançados pelos sete maiores estúdios de Hollywood em 2017 incluiu um personagem transgênero.

A carta veio na sequência de uma reação negativa da comunidade LGBT à escalação de Scarlett Johansson como personagem transgênero no filme "Rub e Tug", que conta a história real de um chefão do tráfico norte-americano dos anos 1970 que nasceu mulher, mas se identificava como homem.

Scarlett desistiu do papel no mês passado, dizendo ter percebido que sua escolha foi “insensível”. A carta reconheceu que séries de TV como "Will & Grace" e filmes como "O Segredo de Brokeback Mountain" ajudaram a romper os estereótipos sobre gays e lésbicas nos últimos 15 anos.

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