Aviso
Este conteúdo é para maiores de 18 anos. Se tem menos de 18 anos, é inapropriado para você. Clique aqui para continuar.

Cinema e Séries
Descrição de chapéu Agora

Leandro Hassum se inspira em políticos atuais em sequência de 'Candidato Honesto'

Longa conseguiu tirar proveito de inúmeros fatos políticos da vida real

Leandro Hassum contracena com o ator Cassio Pandolfh no longa "Candidato Honesto 2"
Leandro Hassum contracena com o ator Cassio Pandolfh no longa "Candidato Honesto 2" - Reprodução
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo
Agora

Em pleno período das eleições,  o ator Leandro Hassum estreia na próxima quinta (30), em 500 salas de cinema pelo Brasil, o filme “Candidato Honesto 2”, continuação do longa de 2014.  Produzido no fim do ano passado, o longa está repleto de referências a acontecimentos recentes da política brasileira, como as investigações da Operação Lava Jato, o impeachment de Dilma Rousseff (PT) e as delações premiadas.

Com personagens e falas que são simples de relacionar à realidade por quem acompanha minimamente política, Hassum espera fazer rir e, quem sabe, provocar reflexão. “Fazemos comédia para divertir, é humor popular. Não é obrigatório ter um posicionamento político depois de ver o filme, mas, se a pessoa tirar alguma moral dele, vai ser legal também”, afirma Hassum.

O primeiro longa, que teve 2,3 milhões de espectadores, contou a história de João Ernesto (Hassum), político corrupto que de repente fica sincero e confessa seus crimes. Neste longa, João sai da prisão, ainda de tornozeleira e mais magro, após agruras do cárcere –o que justifica o emagrecimento do ator na vida real.

 

Na falta de candidatos, o político Ivan Pires (Cassio Pandolfh) –que é, de fato, um vampiro– sela aliança com João, que acaba virando candidato a presidente. “A gente não usar os nomes reais já é forma de pegar leve, mas também não dá para fazer comédia sem nenhuma referência”, diz Hassum. Pandolfh se inspirou no vampiro clássico. “É sedutor, domina, conquista e tira proveito disso.”

LONGA RECHEADO DE REFERÊNCIAS 

O filme “Candidato Honesto 2” faz referências à vida real que vão além da política. João Ernesto (Leandro Hassum), candidato à Presidência no longa, participa de entrevistas como a do programa Roda Viva (TV Cultura), fala a uma rádio bem semelhante à Jovem Pan e sai na capa de uma revista de dimensão nacional como a Veja –todos veículos citados com nomes diferentes.

Já Ivan Pires e a presidenta são referências a políticos que dispensam explicações. O primeiro debate do filme parece inspirado no que ocorreu no início do mês –embora o longa já tivesse sido gravado. Segundo Hassum, a cada novo acontecimento, dava vontade de mudar a produção.

“Chegou uma hora que tivemos de fechar, porque senão ia virar 'Os Lusíadas'”, brinca o ator, referindo-se à clássica epopeia da literatura portuguesa. “Nossa sorte é que temos Pai Paulo Cursino de Olodum como roteirista”, brinca, sobre Paulo Cursino. “Ele tem visão extraordinária do que vai acontecer. No primeiro filme, ele citou a Petrobras, sem nem sabermos do escândalo.”

Hassum lembra ainda das referências cinematográficas no longa. “Usamos o ‘Cabo do Medo’ [1991] e ‘Planeta dos Macacos’, de 1974.” Como presidente, João ensaia passos da cena de “O Grande Ditador” (1940), de Charles Chaplin.

AMANDA REPRESENTA O POVO, DIZ ATRIZ

Em “Candidato Honesto 2”, a atriz Rosanne Mulholland faz o papel da jornalista Amanda, desempenhado por Luiza Valdetaro no primeiro filme. De tão indignada, Amanda acaba se envolvendo com a política. “A minha personagem é aquela com a qual o público se identifica. As pessoas tendem a achar que, se elas forem verdadeiras e se mexerem, as coisas vão acontecer, mas, no caso da Amanda, ela acaba se frustrando”, conta Rosana.

A atriz faz cenas mais sérias ao lado de Hassum, com longos trechos bem-humorados. “Ele improvisa muito, mas eu fui forte e segurei as risadas”, diz Rosane. Em uma delas, Hassum faz, de improviso, uma piada sobre a novela “Carrossel” (SBT), em que Rosanne foi a professora Helena. “Ele soltou ‘um Carrossel de emoções’. Não aguentei.”

Final do conteúdo
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem