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Leandro Hassum parodia eleições presidenciais em 'O Candidato Honesto'

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Leandro Hassum é o peso-pesado do cinema brasileiro. Nos últimos três anos, 8,9 milhões de ingressos foram vendidos para seus cinco filmes mais recentes —quase um terço de todos as entradas para longas nacionais em 2013.

Nesta quinta (2), ele espera vender outros tantos com "O Candidato Honesto", de Roberto Santucci, que parodia as eleições presidenciais. No final do ano, é a vez de o diretor Felipe Joffily despejar mais Hassum nas telonas, com "Os Caras de Pau", inspirado na série da Globo que foi ao ar até 2013.

"As pessoas têm um tesãozinho no gordo", brinca o ator de 41 anos, 1,80 m e 145 kg. "Vendi a imagem do cara que faz comédia para a família toda. Nego vai sem medo."


No filme que estreia na quinta, o comediante vive João Ernesto, presidenciável corrupto que, por força de uma mandinga da avó, torna-se incapaz de contar mentiras.

"Políticos são atores melhores do que qualquer Paulo Autran. O Collor é um gênio da manipulação", diz ele, que escolheu imitar o ex-presidente no "arregalar de olhos nos momentos tensos". Quem ele vai escolher nas urnas ainda é incógnita. "A coisa tá suja."

MAIS QUE UMA BARRIGA

Carioca da Ilha do Governador, na zona norte, Hassum começou a atuar aos 16, depois de ter sido expulso de três escolas ("colocava bomba no banheiro, sacaneava professor", lembra). "Uma psicóloga sugeriu me botar no teatro porque eu tinha necessidade de aparecer."

O lado cômico que tira dos quilos a mais já era técnica usada aos 12. "Eu me autossacaneava'. Apelido nenhum pegava em mim."

Migrou do teatro para a TV com o humorístico "Zorra Total", da Globo, em 2000. "Meu padrinho, Chico Anysio, às vezes me criticava, dizia que eu falava alto pra cacete", conta.

Do ator Jerry Lewis, herdou o gosto pela comédia física. Dos mais contemporâneos, cita Jim Carrey, de "O Mentiroso". A produção de 1997, aliás, inspirou "O Candidato Honesto". Em ambos, o protagonista é um mentiroso que se vê incapaz de ludibriar os outros. "Eu o imito no filme. Copio até as caretas."

"Ele é muito mais do que mostrar a barriga para os outros rirem", diz Roberto Santucci, seu diretor também na franquia "Até que a Sorte nos Separe", que ganhará uma terceira parte em 2015. "O Leandro tem o tempo do humor. É muito difícil ele dizer não para alguma sugestão."

Santucci e o roteirista Paulo Cursino foram os primeiros a dar um protagonista a Hassum, em "Até que a Sorte..." (2012). "E agora todo mundo o quer. Parece que só tem ele", diz Cursino. Para o roteirista, algumas produções têm "pisado na bola" ao disputar o ator, caso de "Vestido para Casar", de Gerson Sanginitto, lançado dois meses antes de "O Candidato Honesto".

"Entraram em cima da gente. Disseram que só estreariam no ano que vem, mas lançaram antes para tentar ganhar em cima do sucesso dele", afirma Santucci.

Tomislav Blazic, produtor de "Vestido..." diz que não havia nenhuma data acertada para o lançamento. "Houve uma conversa com Hassum, mas eu disse que quem definiria seria o distribuidor, que tem o seu próprio planejamento."

DESGASTE

"Hassum tem a grande vantagem de atrair tanto o povão quanto as classes A e B", diz Paulo Sérgio Almeida, do portal Filme B, especializado em números do mercado de cinema brasileiro. Segundo ele, no entanto, há risco de desgaste na imagem.

O ator diz temer o mesmo. "Todo mundo quer ser pai do filho bonito aqui."

De concreto, Hassum tem agendada uma cirurgia de redução de estômago, para o mês que vem. "Vou emagrecer para ficar gordo. Hoje eu passei do gordo", diz. Ele diz não ter medo de perder a graça com isso. "Se gordura fosse engraçado, todo mundo morreria de rir no açougue."

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