Cássia Kis: Apoiador de Lula e amigo de Janja, ator Paulo Vieira sai em defesa da atriz

No primeiro grande evento com a presença da classe artística após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para presidente da República, no último domingo (30), política ainda foi um assunto que dominou as rodinhas de conversa.

"Entramos em um momento de construir pontes e de fazer as pazes com quem brigamos. Não aguentava mais brigar", disse o ator e humorista Paulo Vieira na festa do Men of the Year 2022, promovido pela revista GQ, no Copacabana Palace nesta quinta-feira (3). Vieira entregou o prêmio de Homem do Ano na categoria Conteúdo Digital para Casimiro.

Vieira foi um dos artistas mais engajados na campanha de Lula, esteve no trio em que o petista discursou na Avenida Paulista logo depois da vitória, e é tão íntimo de Janja, a futura primeira-dama, que seu nome chegou a figurar nas bolsas de apostas informais como um possível integrante da equipe da Cultura na gestão do novo presidente.

"Eu? Não! Estou com a minha agenda lotada e nem tenho idade. Só tenho 29 anos. Ninguém leva a sério um homem de 29 anos", brincou o ator, responsável por momentos impagáveis nas redes -como no dia em que mostrou os salgadinhos que Lula tinha à disposição em seu camarim, na superlive com artistas, no mês passado.

A fase "paz e amor" do humorista também inclui a defesa de Cássia Kis, atriz que esteve na manifestação golpista no Rio, em defesa da intervenção militar. Desde que mostrou-se bolsonarista ferrenha e deu declarações homofóbicas, ela vem sendo hostilizada por seus colegas de profissão -mas Paulo não faz parte deste grupo .

"Ter uma Cássia Kis faz parte do nosso processo de democracia que é respeitar a opinião do outro por mais absurda que ela possa ser", defendeu. "Ela é a minha amiga. Gosto muito dela e a respeito como atriz", completou.

Ele também falou sobre a participação da intérprete de Cidália em "Travessia" nas manifestações antidemocráticas de apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) no feriado do Dia de Finados, no Rio -aquela do pedido de intervenção militar. "Não cabe a mim julgar. Ela vai responder à História".