Aviso
Este conteúdo é para maiores de 18 anos. Se tem menos de 18 anos, é inapropriado para você. Clique aqui para continuar.

Celebridades
Descrição de chapéu América Latina

Ricky Martin e Luis Fonsi aderem à campanha pelo fim da ditadura em Cuba

Povo cubano tomou as ruas no domingo (11) em protestos

Cantor Ricky Martin
Cantor Ricky Martin - REUTERS
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

Os cantores porto-riquenhos Ricky Martin, 49, e Luis Fonsi, 43, se uniram a outros artistas latinos na campanha SOS Cuba de apoio ao povo cubano, que tem saído às ruas exigindo o fim da ditadura no país. Desde domingo (11), o serviço de internet está cortado nos celulares dos cubanos e vários ativistas estão desaparecidos devido aos protestos.

Martin publicou no Instagram um vídeo dos cubanos nas ruas alertando que o mundo precisa saber o que está acontecendo no país caribenho. “Isso é muito importante. Nossos irmãos e irmãs em Cuba precisam que informemos ao mundo o que eles estão vivenciando hoje”, escreveu o cantor.

Luis Fonsi publicou nas redes sociais o desenho de uma mão segurando a bandeira de Cuba com a frase a campanha. “SOS Cuba. Desejamos muita força aos nossos irmãos cubanos que lutam pela paz e pela liberdade".

O ator cubano radicado nos Estados Unidos, Andy Garcia, 65, também fez postagem nas redes sociais em apoio ao povo cubano. Opositor do governo, o ator diz que 62 anos de tirania e repressão devem acabar. “Estamos com nossos irmãos cubanos lutando por seus direitos humanos mais básicos.”

O ator, que deixou Cuba ainda criança com a família, falou que a liberdade do regime depende de todos. “Deixe a luta ser alimentada pela verdade, compaixão e o direito absoluto de cada ser humano de ser livre. Viva Cuba Libre!”, escreveu o ator.

A cantora mexicana Julieta Venegas, 50, também aderiu ao protesto e publicou um vídeo nas redes sociais em apoio aos manifestantes. Ela expressa a sua solidariedade ao povo cubano que tomou as ruas no domingo pedindo o fim da ditadura. “Estamos todo o mundo com os olhos postos em Cuba."

O protesto no domingo é considerado histórico, pois esses atos nunca ocorreram em Cuba desde a Revolução de 1959. A exceção é o famoso "Maleconazo" de 1994, quando grupos de manifestantes saíram às ruas de Havana para protestar pela escassez de alimentos e recursos energéticos durante a crise do "período especial".

PROTESTOS

Aos gritos de "liberdade" e "abaixo a ditadura", milhares de pessoas foram neste domingo (11) às ruas de diferentes cidades de Cuba, entre as quais Havana, para expressar frustração por meses de crise, restrições devido à Covid e o que acusam ser negligência do governo. Atos do tipo são raros na ilha.

Em um discurso exibido em rede nacional, o dirigente do país e primeiro-secretário do Partido Comunista de Cuba, Miguel Díaz-Canel, acusou os Estados Unidos de serem responsáveis pelos atos. "Estamos convocando todos os revolucionários do país, todos os comunistas, a irem às ruas onde existirem esforços para produzir essas provocações", disse Díaz-Canel.

No fim da tarde, jipes das forças especiais, equipados com metralhadoras, circularam por Havana. Milhares de pessoas se reuniram no centro da cidade e ao longo da estrada que beira o mar, e houve alguns episódios de tumulto, com prisões e brigas.

Os atos aconteceram em um dia em que Cuba registrou um novo recorde diário de infecções e mortes pelo coronavírus, com 6.923 casos notificados de um total de 238.491, além de 47 mortes em 24 horas, somando, ao todo, desde o início da crise sanitária, 1.537 mortes.

A ilha caribenha passa por uma profunda crise econômica intensificada pela pandemia de coronavírus e pelo fortalecimento do embargo que os EUA mantêm ao país há 60 anos —ambos impactam o turismo, principal fonte de renda. No ano passado, durante a crise da Covid, cidades turísticas se esvaziaram.

Final do conteúdo
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem