Claudia Raia se livrou de estupro ao quebrar coruja de vidro na cabeça do agressor
Atriz contou que quase foi violentada duas vezes na adolescência, nos EUA
Claudia Raia, 54, foi a entrevistada desta sexta-feira (30) do Conversa com o Bial (Globo). A atriz falou do recém-lançado livro "O Sol Sempre Raia", escrito em parceria com a jornalista Rosana Hermann. No bate-papo a atriz relembrou pontos de sua trajetória, entre os quais a paixão por Jô Soares e duas tentativas de estupro que sofreu na adolescência, quando morava nos Estados Unidos.
A atriz começou recordando que sua mãe, Odette (1924-2019), não queria que ela fosse morar em Nova York, sozinha, aos 13 anos, em 1979. Diante da recusa, ela avisou que fugiria se não tivesse a permissão, ao que a mãe respondeu: "se eu não me aliar a essa criatura doida que eu pari, ela vai arrebentar essa gaiola, vai voar e eu fui ficar correndo atrás dela", disse Raia.
A artista destacou que sua era uma mulher "muito moderna, pra frente e feminista". "Ela me ensinou todos os dias da minha vida: 'não permita que ninguém faça com você aquilo que você não quer. Não permita que homem algum dite as regras da sua vida'", relembrou.
Dessa forma, Raia foi para os Estados Unidos e ficou hospedada na casa de um coreógrafo, que era amigo de sua mãe, homem de quem sofreu a primeira tentativa de estupro também aos 13 anos. Ele perguntou como foi o dia dela, tocou sua perna, gesto que ela achou natural, já que bailarinos, como os dois, tinham o hábito de se expressar fisicamente durante uma conversa.
"Vi que a mão poderia subir e olhei ao lado imediatamente para ver o que tinha para me defender", recordou, ao falar de uma coruja de vidro, que tinha próximo à cama. "Quando ele veio com a mão, me deitou e foi para cima de mim. Com essa mão eu peguei a coruja e 'pá!' na cabeça dele", contou Raia.
Ela fugiu da casa sozinha e, ao acaso, encontrou uma ex-professora, que a acolheu. Na segunda tentativa de estupro, a atriz foi agarrada por um desconhecido na rua, também nos Estados Unidos, mas conseguiu gritar e a polícia a socorreu.
Ao falar de seu namoro com Jô Soares, 83, quando ela tinha apenas 17 anos, disse que ele foi o primeiro e grande amor de sua vida. "Tivemos uma relação muito linda, contra tudo e contra todos. Era bem complicado, até que um dia ele terminou, abordando que tínhamos uma diferença de idade enorme e que ele não aguentaria aquele tranco", disse, emendando que muito triste com o fora, acabou se aproximando de seu primeiro marido.
"Eu quase morri. Mesmo. Eu estava muito apaixonada por ele. Comecei a namorar o Alexandre Frota no tropeço. Quer dizer, na dor de corno que eu estava do Jô, entrou o Alexandre Frota na curva e ficou me amparando e eu sofrendo de amor pelo Jô", concluiu, aos risos.
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