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Celebridades

Advogado de Johnny Depp ataca jornal britânico no último dia de julgamento em Londres

David Sherborne defende 'a honra' do ator contra publicação do The Sun nesta terça (28)

Ator Johnny Depp chega ao tribunal de Londres para último dia de julgamento nesta terça-feira (28) - DANIEL LEAL-OLIVAS / AFP
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Sylvain Peuchmaurd
Londres
AFP

No último dia de mais de três semanas de um processo "doloroso" que se transformou em uma exposição da vida privada de Johnny Depp, 57, seu advogado se dedicou, nesta terça-feira (28), a defender a honra do ator na ação movida na Justiça britânica por seu cliente contra o jornal The Sun.

Diante da Alta Corte de Londres, David Sherborne atacou duramente a matéria de abril de 2018, segundo a qual o ator era violento com sua então e agora ex-esposa, a atriz Amber Heard, 34.

A matéria não dá lugar a "dúvida", nem a "engano", e Depp seria culpado de violência, disse o advogado, acrescentando que foi para desarmar essas "acusações falsas" que o ator se lançou nesse "doloroso" processo público.

Depois de ouvir as últimas alegações da defesa de Johnny Depp, o juiz Andrew Nicol anunciará sua decisão em uma data posterior.

Dezenas de fãs do artista se aglomeraram logo cedo, na esperança de vê-lo, ou para lhe entregar flores, ou bichos de pelúcia. Outros levavam cartazes, reivindicando: "Justiça para Johnny".

A vida do casal formado por Depp e a atriz norte-americana foi exposta a todos na Alta Corte de Londres, incluindo os detalhes mais difíceis.

Durante todo o processo, a Justiça esmiuçou cada um dos episódios de violência, pelos quais ambos se acusam mutuamente. Johnny Depp teve de se explicar extensivamente sobre seu consumo de drogas e de álcool, e sua ex-mulher, defender-se das acusações de infidelidade conjugal com outros famosos.

Ambos permaneceram fiéis à sua versão durante todo julgamento. E, apesar de sua duração, os dois foram ao tribunal quase todos os dias.

'MONSTRO'

O casal se conheceu nas filmagens de "Diário de um Jornalista Bêbado", em 2011, e se casou em fevereiro de 2015, em Los Angeles. O divórcio aconteceu no início de 2017. Naquela época, a atriz citou anos de violência física e psicológica, o que Johnny Depp sempre negou.

No processo de divórcio, Heard retirou a denúncia, e Depp pagou US$ 7 milhões, quantia que a atriz destinou a várias instituições. O ator admitiu um consumo abusivo de drogas e álcool, mas acusou a atriz de violência.

"Eu o amava e não queria perder isso (...) sua outra face era a de um monstro, mas eu sempre mantive a esperança de que ele se desintoxicasse", declarou Amber Heard no tribunal, na semana passada.

APOIO DAS EX-NAMORADAS

Na segunda-feira (27), a advogada do jornal pronunciou sua acusação contra o ator que deu vida ao capitão Jack Sparrow. Sasha Wass destacou os excessos do ator como "sujeito a mudanças irracionais de humor" quando bebe e consome drogas.

Nenhuma testemunha assistiu aos atos violentos, ela afirmou, já que, por natureza, a violência conjugal ocorre "a portas fechadas". Amber Heard amava Johnny Depp, e o início de sua relação foi "idílico", acrescentou Sasha Wass.

Em março de 2013, porém, Johnny Depp se viu pego por seus velhos demônios. "Johnny Depp sabia que as drogas e o álcool poderiam transformá-lo em um monstro", disse a advogada. O ator afirma, por sua vez, que nunca levantou a mão para uma mulher, versão endossada por suas ex-namoradas Vanessa Paradis e Winona Ryder em depoimentos por escrito.

Depp apresentou Amber Heard como uma pessoa calculista, narcisista e sociopata, ansiosa para destruir sua vida. Embora tenha rejeitado as acusações de infidelidade feitas pela defesa de Depp, com o bilionário Elon Musk, ou com o ator James Franco, a atriz admitiu que agrediu o agora ex-marido uma vez: para defender sua irmã.

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