Celebridades

Após 'Sétimo Guardião', Gabriel Stauffer diz que quer papéis que gerem empatia, quebrem tabus

Ator vai emendar gravação de um longa após fim da novela das 21h

Gabriel Stauffer
Gabriel Stauffer - Vinícius Mochizuki/ Divulgação
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São Paulo

Apesar de pouca experiência na televisão, o ator Gabriel Stauffer, 30, já acumula dois trabalhos no horário nobre da Globo e, mais do que isso, dois personagens inseridos em núcleos de discussões sociais importantes. “Esse é o meu objetivo: gerar empatias, quebrar tabus”, afirma ele. 

“A gente tem esse poder de levantar questões, ajudar pessoas, amolecer um pouco os corações. O artista tem esse poder de influenciar, de tocar as pessoas, acho isso bonito e é por isso que escolhi fazer isso”, completo o ator, que deixou a carreira de publicitário para se dedicar ao curso de interpretação. 

Logo em sua estreia na TV, na novela “A Força do Querer” (2017), Stauffer deu vida a Cláudio, um homem apaixonado por uma jovem que se descobre um homem trans e decide ficar com ele mesmo após a transformação. “Essa história ajudou muita gente, no Brasil inteiro, a lidar com suas lutas”, avalia o ator. 

Já em “O Sétimo Guardião” (2018-2019), que terminou nesta sexta-feira (17), ele foi Walid, um ex-carateca que treina e depois se apaixona por uma jovem vítima do machismo do próprio pai. Nesse caso, Stauffer teve um desafio adicional, uma deficiência física, que o fez treinar bastante até aperfeiçoar seu jeito de mancar. 

“Fico feliz de estar em núcleos com discussões sociais bastante importantes. É preciso ver como o machismo está aqui, na nossa sociedade, mesmo em atitudes menores. Pensar como o Nicolau —personagem de Marcelo Serrado— prejudica, limita os filhos com essas atitudes machistas. Machismo é estrutural na nossa sociedade”. 

Com o término de “O Sétimo Guardião”, Stauffer terá apenas alguns dias de descanso e já deve engatar as gravações de um longa, adaptação do livro “Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres”, de Clarice Lispector. Ainda sem data para sair, esse é o segundo filme do ator, o primeiro foi “Entre Irmãs” (2017). 

DOS COMERCIAIS À PUBLICIDADE 

Apesar de trabalhos de destaque, Stauffer decidiu pela carreira de ator há pouco tempo. O que o fez deixar deixar a faculdade e um emprego como publicitário em Curitiba para fazer um curso de teatro no Rio de Janeiro. Segundo ele, que já tinha família na cidade, seria apenas um ano para saber no que ia dar, mas deu certo. 

Stauffer até já tinha uma familiaridade com a TV, por conta de comerciais feitos ainda na infâncias, o primeiro com apenas quatro anos, mas não com a atuação. Ele mesmo diz que, na época, era apenas um menino de cabelo enroladinho que sorria para a câmera. Atuar mesmo, começou apenas adulto. 

Seu primeiro trabalho como ator foi o musical “O Grande Circo Mistico” (2014), que tinha músicas do Chico Buarque e do Edu Lobo, e onde fez par com a atriz Letícia Colin e onde conheceu a atriz Natasha Jascalevich, com quem namora há cinco anos. A partir dali, foram sete musicais até sua primeira oportunidade para a televisão. 

Hoje, o ator diz que não pensa em voltar para Curitiba ou para a publicidade, diz ter se apaixonado pelas artes cênicas e pela capital fluminense. Já na carreira de ator, pretende continuar a se dividir entre o teatro, a TV e o cinema, mas seu preferido já está escolhido: o teatro. “Por que a resposta do público é imediata”, afirma.
 
 

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