O representante de Porto Rico, Danny Mejia, 27, foi eleito na manhã deste sábado (23) como o novo Mister Mundo (ou Mister World, no original) -- assista ao momento de coroação ao final do texto. A 11ª edição do concurso aconteceu no litoral sudeste do Vietnã e contou com 60 candidatos. O concurso é a versão masculina do Miss Mundo, que acontece anualmente desde 1951. Ambos são comandados pela mesma organização, sediada em Londres, no Reino Unido.

O paranaense Eduardo Menezes, 19, defendeu o Brasil mas não entrou no primeiro corte de 20 semifinalistas. Natural da cidade de Toledo, que fica a 540 km de Curitiba, ele é estudante universitário e ex-atleta de vôlei. No esporte, contabiliza passagens como jogador pelos maiores clubes do Brasil e foi convocado três vezes para seletivas da seleção paranaense.

Como finalistas, em segundo e terceiro lugares ficaram, respectivamente, os misters Vietnã, Phạm Tuan Ngoc, 25, e Espanha, Antonio Company, 26, seguidos pelo mister Angola, Felipe Salvador Maria -- fechando o Top 4.

No Top 10, estavam ainda os misters Índia, Gokul Ganesan; Quênia, Teddy Rossiter; República Tcheca, Tomas Haring; Turquia, Ege Karabenli; Venezuela, Juan Alberto García; e Sri Lanka, Megha Sooriyaarachchi (mais votado pelo público).

Logo no início, após uma série de coreografias desengonçadas, foram anunciados os 20 felizardos do grupo de semifinalistas (Top 20). Além dos 11 selecionados pelo júri, compuseram o grupo os 5 vencedores das etapas preliminares e os 4 da votação popular, que garantiram classificação automática nesse corte.

Pelos prêmios especiais, entraram os misters Itália (prova Multimidia) Mianmar (melhor Projeto Social), Porto Rico (provas de Esportes e Talento), Estados Unidos (prova de Oratória) e Turquia (melhor modelo). Já os mais votados pelo público, divididos por continentes, foram: Peru (Américas e Caribe), Bélgica (Europa), Serra Leoa (Árica) e Sri Lanka (Ásia e Oceania).

Quem se despediu do posto na ocasião foi o modelo inglês Jack Heleswood, 26. O mister bateu um recorde no trono, uma vez que reinou por mais de 5 anos —ele foi eleito em agosto de 2019, aos 21 anos, e só passou a faixa agora.

O MUNDO DOS MISTERS

Os concursos de beleza masculinos ganharam visibilidade nos anos 1990, com o surgimento do Manhunt International (1993) e do Mister Mundo (1996). Depois vieram o Mister International (2006) e o Mister Global (2014). Já em 2016, essa indústria se movimentou com o surgimento do Mister Supranational. Desde 2007, o Concurso Nacional de Beleza elege o Mister Brasil CNB e é responsável por enviar representantes brasileiros a todos esses cinco eventos.

Inicialmente, o Mister Mundo, que teve seu evento inaugural em setembro de 1996, acontecia de dois em dois anos. Depois a periodicidade foi aumentando e o concurso passou a ocorrer de forma irregular, mas nunca houve um hiato tão grande como este último. Tal fato fez com que outros certames masculinos, como o Mister Supranational, que acontece todos os anos sem falta, ganhassem mais relevância no mercado.

O Brasil já venceu o Mister Mundo uma vez, em 2003, com o mineiro Gustavo Gianetti. Depois dele, chegamos perto do título em 2007, com o modelo paulista Lucas Gil, que foi vice-campeão. Em 2019, o paulista Carlos Franco, ficou em quinto lugar.

O título de Mister Brasil CNB já foi conquistado por personalidades da mídia e do mundo da moda, como o ex-BBB Jonas Sulzbach (2010) e os ex-atores globais Lucas Malvacini (2011) e Anderson Tomazini (2016). Mais recentemente, quem ganhou os holofotes foi Henrique Martins (2023), que após vencer o concurso participou da 15ª edição do reality show A Fazenda (Record).