Débora Bloch revisita sua trajetória a convite da TV Cultura
Atriz e diretora é homenageada por colegas do icônico 'TV Pirata' no programa 'Persona'
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Programa que traça a trajetória dos mais importantes nomes da dramaturgia brasileira, o "Persona", da TV Cultura, dedica a edição deste domingo (6) a Débora Bloch, 58.
Na produção, com apresentação de Atilio Bari e Chris Maksud, a atriz e diretora relembra sua transição do palco para a televisão, e seu primeiro papel na TV, como Lívia, na novela "Jogo da Vida" (1982), de Silvio de Abreu, na Globo.
"A TV é uma linguagem muito diferente...O espaço, a câmera, para onde você tem que olhar. Então, no começo foi difícil me adaptar", conta. O programa vai ao ar às 21h, na TV Cultura.
Antes de ficar conhecida por suas personagens cômicas no "TV Pirata", humorístico que revolucionou o gênero, exibido na Globo entre 1988 e 1992, Débora construiu o início de sua trajetória no teatro, por influência do pai, o ator Jonas Bloch.
A menina o acompanhava até mesmo no camarim, o que a permitiu desenvolver intimidade com as peças, dentro e fora das cortinas, vivência marcante para a atriz. No programa, ela diz se considerar uma pessoa educada também pelo que via nos palcos.
A atriz revela que não tinha certeza se seguiria os passos do pai. Aos 16 anos, no entanto, ele sugeriu a ela que se matriculasse nas aulas de atuação do Teatro Ipanema, um dos mais renomados ao fim da década de 1970.
A experiência lhe abriu portas para o teatro no Rio de Janeiro, onde passou a integrar o grupo Manhas e Manias, ao lado de Andrea Beltrão, Pedro Cardoso, Mário Costa, José Lavigne, Chico Diaz e Cláudio Baltar.
"Persona" enfatiza a versatilidade de Débora, que começou na comédia e conquistou êxito em papéis dramáticos, como na série "Segunda Chamada", cuja 2ª temporada estreou em 2021 no Globoplay.
Ao falar sobre sua personagem, a professora Lúcia, que leciona para jovens e adultos em uma escola pública da periferia de São Paulo, a atriz fala sobre o papel social de sua profissão: "Artistas são aqueles que trazem o pensamento crítico, o questionamento e a liberdade, e que trazem o amor."
A edição traz depoimentos sobre a atriz gravados por grandes parceiros de trabalho, como Ary Fontoura, Chico Diaz, Irene Ravache, Louise Cardoso, Luiz Fernando Guimarães e Diogo Vilela, além dos diretores José Lavigne e Tizuka Yamazaki.