Amazonense pula na água para tirar 'selfie' com anaconda, e imagem bomba na web
Cobras já são assustadoras naturalmente para a maioria das pessoas, mas esse temor fica ainda maior quando se trata de uma anaconda, conhecida pela sua força descomunal. O pecuarista Carlos Andrade, de 22 anos, porém, ignorou todos os riscos e se aproximou a uma distância nada segura de uma dessas cobras, conhecida também como sucuri, no último fim de semana, no Amazonas. A selfie tirada a cerca de um metro da cobra repercutiu bastante nas redes sociais, com quase 2 mil compartilhamentos até o meio da tarde desta segunda-feira (29).
"Eu estava na nossa fazenda, no rio, e avistei aquela cobra próximo da beira. Eu ainda estava na terra e vi ela na água com a cabecinha de fora. Peguei um pau e conforme eu ia chegando perto dela, ia vendo que ela parecia meio abatida, estava muito fora do normal. Eu entrei na água e ela foi se afastando", conta Carlos.
Estranhando o fato de ela estar com o corpo todo boiando (o que poderia ser indício de estar alimentada), Carlinhos, como é conhecido, voltou à terra para pegar o celular e caiu novamente na água. "Pensei: 'Vou tirar foto antes que ela suma'. Ela não queria entrar no fundo da água, parecia que queria de fato entrar na foto", afirma ele. "Peguei o celular e tirei várias selfies. Quando olhei para trás, vi que já estava muito perto, mas aí ela entrou na água e saiu."
Criado na fazenda da família, no município de Nhamundá, no Amazonas, o pecuarista conta que nunca havia chegado tão perto de uma sucuri, mas diz que conhece a fama de "traiçoeira" da anaconda. "Sem perceber, ela chega para atacar. Joga o laço e rapidamente trança."
De fato, o jovem correu risco, como explica Giuseppe Puorto, diretor do Museu Biológico do Instituto Butantan. "A sucuri é a maior serpente brasileira. Quando está no seu ambiente aquático, ela tem uma agilidade incrível, bastante desenvoltura é muito rápida. Uma mordida dela pode machucar muito", explica. "Além da mordida é a força muscular que ela tem. Ela mata suas presas por constrição, apertamento"
O Butatan, por exemplo, tem três sucuris e, para manejá-las, são necessárias três pessoas (uma para imobilizar a cabeça, duas para segurar o corpo). "Se enrolar em qualquer um de nós é muito difícil soltar", argumenta. Sobre o fato de a sucuri estar tranquila, ele comenta: "Ela poderia estar alimentada ou estar tranquila por estar tranquila. Mas o fato de estar aparentemente (tranquila) não quer dizer que vai continuar tranquila. É perigoso", alerta.
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