Globo arrecada R$ 16,4 bilhões em 2024 impulsionada por nova empresa e assinaturas
Grupo obteve bom resultado no ano passado graças a aquisição da Eletromídia e Globoplay em alta
A Globo atingiu um lucro de R$ 1,99 bilhão em 2024 ante R$ 878 milhões em 2023, uma subida de 138%. A arrecadação total de todo o grupo da família Marinho foi de R$ 16,4 bilhões. É um crescimento de 8,6% em relação a 2023, onde conseguiu R$ 15,1 bilhões.
A empresa contabilizou o fato em seu balanço, publicado nesta quarta (2). O lucro alto pode ser explicado por dois fatores: a compra da empresa de publicidade "out of home" (fora de casa em inglês) Eletromídia e assinaturas de serviços.
No fim do ano passado, a Globo comprou 75% da Eletromídia e contabilizou os seus resultados em seus balanços. Somente desta empresa, houve um acréscimo de R$ 790 milhões no caixa da empresa.
As assinaturas de serviços também subiram além do esperado. O Globoplay, serviço de streaming da empresa, conseguiu um crescimento de 42% de sua base, impulsionado por um plano mais barato com publicidade.
Além disso, o Premiere, serviço de pay-per-view de futebol, subiu em 41% sua base de assinantes. No mercado, estima-se que, somados, Globoplay e Premiere tenham cerca de 15 milhões de clientes, um número robusto.
A dívida bruta da Globo, porém, cresceu em 30% em relação a 2023 e subiu para R$ 6,6 bilhões. A alta do dólar no ano passado, segundo a empresa, é o que causou esse crescimento.
Da receita total da Globo, 66% veio do mercado publicitário. Foram R$ 10,4 bilhões arrecadados ante R$ 9,5 bilhões em 2023. Os 34% restantes vieram de outras formas. A receita não publicitária ficou estável em relação ao ano anterior, na faixa de R$ 5,4 bilhões.
Os custos de operação, porém, também subiram em 7%. Os motivos foram o investimento esportivo, com a operação para a transmissão dos Jogos Olímpicos de Paris e a negociação dos novos contratos do Campeonato Brasileiro a partir de 2025.
No total, o balanço da Globo cobre a parte financeira de pelo menos 15 empresas de seu grupo, incluindo a TV Globo, líder de audiência no Brasil, e a Globo Ventures, empresa de investimentos da família Marinho.
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