O tempo estragou ele, brinca Antonio Fagundes, que 'será' Rodrigo Santoro na 2ª fase de 'Velho Chico'
Antônio Fagundes e Christiane Torloni estarão na segunda fase de "Velho Chico"
"Eu brinquei com o Rodrigo [Santoro], que eu vou ser ele amanhã", declarou o ator Antônio Fagundes no "Fantástico" (Globo) deste domingo (13).
Fagundes viverá o cel. Afrânio, papel que traz Rodrigo Santoro de volta às novelas, na segunda fase de "Velho Chico" —a nova novela das nove da Globo, que estreia nesta segunda-feira (14).
"Mas eu sinto o que o tempo fez com ele, não é? É uma pena que o tempo tenha estragado o Rodrigo Santoro!", brinca Fagundes que não é muito afeito à entrevistas. "Faz muitos anos que nós não temos novelas rurais no horário das nove", observa o ator, "então é um resgate legal."
A atriz Christiane Torloni, que também esteve no programa, entrará por sua vez no lugar de Carol Castro, vivendo a amante proibida de Afrânio, a cantora Iolanda. "Ela é apaixonada por esse homem. Tem paixões assim, né? Insuportavelmente eternas", defende já com sotaque nordestino antes de revelar ao apresentador Tadeu Schmidt que a personagem é sua "primeira baiana". "Não é uma delícia?", retrucou.
"Eu acho que sempre teve alguém dentro de mim louco pra falar com essa preguiça do verbo", comentou Christiane. "Dali um pouco você já tá com a mão assim", e escora o rosto em uma das mãos como quem descansa.
Poliana Abritta lembra então que faz 22 anos que o casal viveu o último par romântico juntos em "A Viagem" (Globo, 1994). "Talvez esse amor que a gente vá viver agora sobreviva de vidas anteriores", brinca Fagundes, que só deve entrar em cena em "Velho Chico" no mês de abril.
Completando o grande espaço que o "Fantástico" dedicou à novela, a repórter Patrícia Nobre foi até as gravações conversar com Rodrigo Santoro. "A vida coloca Afrânio numa bifurcação, e ele tem que escolher entre viver o próprio sonho, de ser quem ele é, ou viver o sonho do pai", declara o ator.
O diretor Luiz Fernando Carvalho explica que a novela começa nos anos 60, num nordeste ficcional, que não está ligado diretamente a nenhum Estado, e sim ao "universo do nordeste". "E do recôncavo baiano também saiu o autor da trilha de abertura da novela: ninguém menos do que Caetano Veloso", anuncia Patrícia. Caetano regravou a canção "Tropicália", de 1967, especialmente para a novela.
"Eu senti até, em parte para surpresa minha, a atualidade da canção", diz Veloso. "Eu quis cantar, imaginando que houvesse alguma, sei lá, alguma rima entre a canção e o momento, mas não imaginei que fosse tão intenso", declarou um dos fundadores da Tropicália.
"Essa música na verdade é um hino", pondera Christiane Torloni. "A novela começa em plena Tropicália, então, apesar de estar na ditadura, você tem uma explosão de cor, de poesia e de liberdade", explica.
E Antônio Fagundes encerra: "Mas Francisco é nome grande, é também nome de rico. Como eu sou muito idoso e com mais idade eu fico, alguns então me chamam somente de Velho Chico".
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