Renato Kramer

Dan Stulbach revela que o improviso pode ser um 'risco' no 'CQC'

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"Finalmente na tela da Band! Chupa, Globo!", foi como Rafinha Bastos apresentou o seu entrevistado Dan Stulbach no "Agora É Tarde" (Band), na sexta-feira (6).

Dan Stulbach estará à frente do "CQC" em sua nova temporada. "Tá feliz?", quis saber Rafinha. "Tô feliz pra caramba! A turma é boa, o papo é bom, tem gente que entende de televisão —eu adorava o programa já quando vocês faziam, adorava depois, porque eu acho que a gente diz coisas para quem está em casa. A gente tem essa pequena pretensão de mudar alguma coisa nesse país através do nosso trabalho", diz Stulbach.

"Tem a possibilidade de mudar sim, eu te confesso: pra mim mudou muito o meu bolso. Eu ganhei uma grana!", ironiza o apresentador. "Mas é uma oportunidade única de estar falando de política para os jovens de uma maneira muito legal, assunto que muitas vezes o jovem não tá habituado a falar abertamente", acrescenta Rafinha em tom sério.

"Dizem, e eu acredito, que muitos jovens não saberiam, não se interessariam por política se não fosse o 'CQC'. Que de alguma maneira o 'CQC' tem a ver com as manifestações. Pessoas que começaram a se divertir com o programa e estava lá a política!", replica Stulbach.


"Faltam três dias para a sua estreia. Você está nervoso?", perguntou o apresentador. "Cara, eu tô! Tô um pouquinho sim", respondeu Stulbach sem titubear. "Mas eu fico sempre. Eu sou muito objetivo no trabalho. Eu tô nervoso porque eu acho que é uma 'responsa' e porque eu tenho muito respeito pela história do que vocês fizeram, de verdade. E eu quero fazer bem", admite.

"Eu quero entregar um produto que mereça o carinho da plateia. E é tudo diferente do que eu já fiz na vida", confessa Stulbach. "O que você já fez na vida?", aproveita Rafinha. "Já fiz quase tudo". "Qual a sua maior cagada?", cutucou o apresentador. "Ah, várias entrevistas em que eu falei bobagem. Teve uma época da minha vida que eu achava que tinha que falar coisas que não eram sinceras, para parecer o que eu não era, em um ou outro momento fiz isso e me arrependi", confidencia.

O ator acredita que sua formação teatral ajuda, mas nem tanto assim. "Ajuda a lidar com a plateia. Mas a dificuldade pra mim é não ter texto, é ter que improvisar. E falar coisas sem máscara, sem personagem. Dificuldade não, mas é um risco", diz Stulbach, que deu aulas de interpretação para TV nas oficinas da Globo e na EAD (Escola de Arte Dramática - SP).

"Dan, essa é uma das poucas oportunidades que eu tenho de conversar com quem fez novela. Você fica envolvido com esse negócio durante meses. Não enche o saco ficar decorando e sendo alguém que você não é?", perguntou Rafinha. "A real é que depende do personagem. Mas eu fiz mais séries do que novelas, que é menos tempo e as vezes é mais divertido porque é mais concentrado, a história mais elaborada, com uma direção mais bacana", revela.

"Em novela você grava 30 cenas, volta pra casa, decora, volta para TV... tua vida vira isso. Se você não tem um personagem legal, não tem com quem contracenar, aí fica difícil, aí pode ficar chato, solitário, dá um vazio", declara. "Mas se você tem um personagem e tem com quem contracenar, aí vale a pena", acrescenta o ator e dá como bom exemplo quando trabalhou com a atriz Julia Lemmertz.

"Por isso que é bom fazer teatro. Aí você escolhe com quem você vai fazer, você escolhe o que vai dizer. Aí o fato de você repetir o mesmo texto tem mais sentido, por isso que eu gosto mais de teatro do que de novela em geral", confessa Stulbach.

"Eu acho que ia me divertir muito fazendo alguma coisa com você", declarou Stulbach para o apresentador, que explorou ainda o tema "beijo técnico" e revelou ter brochado uma única vez por causa de um pelo muito duro no seio da mulher. "Você já brochou, Dan?", emendou. "Que eu me lembre não", respondeu Stulbach. "Você já mentiu?". "Várias vezes!", respondeu o entrevistado, aos risos.

Para encerrar, ambos fazem uma pegadinha com o colega de bancada de Dan Stulbach na nova temporada do "CQC", Marco Luque.

Renato Kramer

Natural de Porto Alegre, Renato Kramer formou-se em Estudos Sociais pela PUC/RS. Começou a fazer teatro ainda no sul. Em São Paulo, formou-se como ator na Escola de Arte Dramática (USP). Escreveu, dirigiu e atuou em diversos espetáculos teatrais. Já assinou a coluna "Antena", na "Contigo!", e fez críticas teatrais para o "Jornal da Tarde" e para a rádio Eldorado AM. Na Folha, colaborou com a "Ilustrada" antes de se tornar colunista do site "F5"

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