Cinquenta e seis anos depois, colombiana volta a levar o título de Miss Universo
Já estamos em 2015, mas a Miss Universo 2014 (Band) só foi eleita na noite deste domingo (25). Ela se chama Paulina Vega, tem 22 anos de idade e é "from Colombia".
Desde 1958, quando a colombiana Luz Marina Zuluaga, que a Colômbia não levava a coroa da mais bela mulher do universo para casa. Chegou a bater na trave três anos seguidos (1992, 1993 e 1994) e depois ainda em 2008, levando o vice-campeonato. Até que ontem, na primeira vez em que o concurso foi realizado fora do ano em curso, a estudante de Administração de Empresas Paulina Vega levou a faixa de Miss Universo para a Colômbia pela segunda vez.
A Band caprichou na cenografia e no estilo dos apresentadores do concurso para o Brasil. Afora um certo tom de desânimo na voz de Simone Montgomery Troula, que teve a difícil missão da tradução simultânea ao lado de Malcolm Forest, rolou uma boa química entre o jovem apresentador Luiz Bacci (âncora do "Café com Jornal") e a colega de emissora Renata Fan (apresentadora do "Jogo Aberto").
Renata, diga-se de passagem, estava belíssima num modelo Alexandre Dutra deslumbrante. Um glamuroso vestido azul bebê, com um decote generoso, brilho na medida exata e uma semi-cauda de abalar qualquer tapete vermelho valorizando a boa forma da moça que foi Miss Brasil 1999.
aliás, belos vestidos foi o que não faltou no Miss Universo 2014. Nem belas mulheres. Até os trajes típicos, tão desvalorizados pela rapidez com que eram mostrados em versões anteriores, tiveram maior destaque desta vez. O mesmo aconteceu com o corpo de jurados, que teve uma apresentação bem mais detalhada desta feita.
Desde o polêmico e vistoso traje típico de Zuleica Wilson, Miss Angola (Rainha Africana estilizada), passando pelo fulgurante e sensual modelo de Valentina Ferrer, Miss Argentina, pela simplicidade do traje de Ivana Misura, Miss Croatia, pelo esplendor em branco de Bea Toivonen, Miss Finlândia, assim como o deslumbre de Shanice Williams, Miss Turcos e Caicos, até o discreto charme de Camille Cerf, Miss França —muita criatividade, muita cor e muito brilho encheram a telinha.
Há que se destacar ainda a importante comemoração da derrubada do Muro de Berlin no traje típico de Miss Alemanha, Josefin Donat; a riqueza do modelo de Gabriela Ordonez, Miss Honduras e a bela pedraria de Yulia Alipova, Miss Rússia, contrastando com a elegante simplicidade de Henrietta Kelemen, Miss Hungria. Noyonita Lodh, Miss India, ficou classificada como um dos melhores da noite, mas foi Elvira Devinamira, Miss Indonésia, quem levou o troféu de melhor traje típico.
As belas Miss Israel (Doron Matalon), Miss Itália (Valentina Bonariva), Miss Kênia (Gaylyne Ayugi), Miss Líbano (Saly Greige) e Miss Polônia (Marcela Chmielowska) abusaram da simplicidade dos seus modelos típicos, enquanto Miss Coréia (Yoo Yebin) exagerou no colorido. Já Miss Jamaica (Kaci Fennell) ganhou a plateia desde a sua primeira aparição, cheia de carisma num belíssimo traje típico.
Os elegantes e animados apresentadores Thomas Roberts e Natalie Morales logo anunciaram as quinze finalistas, dentre as quais estava a Miss Brasil Melissa Gurgel. Casualmente, a primeira miss a ser chamada foi Miss Colômbia, que no final da noite seria a primeira colocada. Entre as atrações musicais, Prince Royce, Nick Jonas e Gavin Degraw realizaram belas performances.
Já entre as dez finalistas, Melissa não entrou, embora estivesse solta e à vontade na passarela e muito bem recebida pela plateia. As cinco finalistas foram as representantes dos Estados Unidos (Nia Sanchez), Jamaica (Kaci Fennell), Ucrânia (Diana Harkusha), Países Baixos (Yasmin Verheijen) e Colômbia (Paulina Vega). Senti falta da belíssima Miss Espanha (Desirée Cordero Ferrer), que merecia até ganhar, ou pelo menos ser a segunda colocada, muito mais do que a americana. Desta vez a venezuelana Migbelis Castellanos, levemente acima do peso ideal das misses, não chegou nem ao "top 5".
Toda a Arena Universidade Internacional da Florida (Miami) parecia estar torcendo para a carismática jamaicana, embora na minha opinião ela estivesse mais para modelo do que para miss. Ao ser anunciada como quinta colocada, a vaia foi geral. A holandesa ficou em quarto, a bela ucraniana em terceiro, a americana em segundo —meio que com um certo gosto de marmelo— e a belíssima colombiana em primeiro.
Cinquenta e seis anos depois, Miss Colômbia é a nova Miss Universo.
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