O comediante Nelson Freitas esteve no "Programa do Jô" para falar da versão teatral de "Se Eu Fosse Você"

"Que bom estar aqui de volta, fazer análise aqui!", comentou Nelson Freitas ("Zorra Total") ao sentar-se no sofá do "Programa do Jô" (Globo) nesta sexta-feria (25).

"Sim, porque as pessoas sentam aqui para fazer análise: contam da vida, se emocionam, lembram de tudo!", observa o humorista. "Mas falando da peça, 'Se Eu Fosse Você' faz parte de uma franquia, que o nosso querido Heitor [Martinez] e a Paloma [Duarte] fazem como série na TV a cabo [canal Fox]. O filme, que deu muito certo —já teve o 1 e o 2, com a Glória [Pires] e o Tony [Ramos], dirigido pelo Daniel Filho."

"Agora tem a peça, que teve a supervisão geral do Daniel, mas a direção do coreógrafo Alonso Barros. Tem a direção musical do Guto Graça Mello, o Paulinho Medeiros fazendo a luz... é uma superprodução, com uma equipe fantástica!", comemora Freitas.

"E o Daniel não erra, né? É o Daniel Filho que não falha!", comenta o apresentador. "Ele é cascudo, ele sabe muito das coisas!", ajunta Nelson Freitas. "Cascudo?!", pergunta Jô. "Ele é cascudo, tem casca grossa", reafirma Freitas.

"Eu conheço o Daniel desde menino, eu nunca soube que o apelido dele era cascudo!", questiona Jô. "Não, a gente diz isso quando uma pessoa é casca grossa, um cabra bom. Ele não sabe bater prego sem estopa!", acrescenta Nelson.

Ao passar os olhos pelo programa da peça, Jô se surpreende com uma presença na ficha técnica: "O que é que vocês estão fazendo com o meu cenógrafo Chris Aizner aqui? Ele nem me pediu licença!". No elenco numeroso, além de Freitas, estão Carla Daniel e Fafy Siqueira.

"O espetáculo faz parte de uma trilogia falando sobre a aventura brasileira. O primeiro foi 'Elis, a Musical' [em cartaz no Teatro Alfa, em São Paulo]. Agora é a vez de 'Se Eu Fosse Você - O Musical', que está em cartaz no Oi Casa Grande (RJ). Logo depois será a vida do Chacrinha que subirá ao palco, escrita por Pedro Bial", conta o comediante.

"E não se sabe ainda quem vai fazer o Chacrinha no palco?", pergunta Jô. "Eu sugiro que seja você! Porque você fala sem parar igualzinho a ele. O Chacrinha foi a pessoa que eu conheci que tinha o maior fôlego —e você tem o mesmo fôlego que ele!", decretou.

"Teve vezes que ele precisou ser substituído pelo Agildo Ribeiro e pelo Paulo Silvino —os dois não aguentaram!", contou Jô. "Era um rally! Era um rally!", comentou Freitas. "E você faria muito bem o Chacrinha!", determinou o apresentador.

"Eu gosto, eu gosto", contemporiza Freitas. "Eu sou um comunicador. A minha brincadeira é essa: eu preciso de contato, eu preciso conversar, mas eu fico segurando. Hoje em dia eu frequento os Contadores de Piadas Anônimos... então eu me desafio: só por hoje eu vou ficar quieto, só por hoje eu não vou falar. Aí eu entro num elevador e tem uma criança. Eu faço uma careta pra ela, ela responde e aí pronto, já foi feito o contato!", confessa o comediante.

Renato Kramer

Natural de Porto Alegre, Renato Kramer formou-se em Estudos Sociais pela PUC/RS. Começou a fazer teatro ainda no sul. Em São Paulo, formou-se como ator na Escola de Arte Dramática (USP). Escreveu, dirigiu e atuou em diversos espetáculos teatrais. Já assinou a coluna "Antena", na "Contigo!", e fez críticas teatrais para o "Jornal da Tarde" e para a rádio Eldorado AM. Na Folha, colaborou com a "Ilustrada" antes de se tornar colunista do site "F5"