Renato Kramer

Muito glamour, muita pressa e pouca surpresa marcaram a 62ª edição do Miss Universo

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tudo bem que televisão é tempo e tempo é dinheiro, mas parece que os patrocinadores do maior concurso de beleza do planeta não estão dando conta do recado.

É tudo tão rápido que mal se veem os modelos que durante o ano inteiro as 86 misses escolhem junto aos seus assessores para usar no dia D. E a correria já começa no traje típico, que apresenta belas e criativas confecções, como aconteceu neste sábado (9) diretamente do Crocus City Hall de Moscou (Rússia).

"Deveriam jogar alguns dos meus filmes no lixo", diz Tom Cruise
Elenco da Globo se reúne no Projac para gravar chamada de fim de ano

Miss Nicarágua ganhou o prêmio de melhor traje típico, mas havia muitos outros que merecem destaque: Japão, China, Porto Rico e Trinidad e Tobago -- sem falar no da Rússia, que estava deslumbrante. Na transmissão passaram tão rápido que nem bem se ouvia o nome do país, já sumia a imagem. Só precisava avisar ao diretor do evento que as misses gritando desvairadamente os seus nomes e países de origem não fica nada bem. Elas estão em frente ao microfone, não precisa gritar!

Renata Fan, Miss Brasil 1999, estava animadíssima apresentando o Miss Universo 2013 na BAND à noite, embora o certame já tivesse ocorrido à tarde e fora transmitido pela TNT. Toda trabalhada num longo de renda ouro e prata, de Alexandre Dutra -- o mesmo estilista que vestiu a Miss Brasil 2013, Jakelyne Oliveira -- Fan fez festa e torceu pela mato-grossense até o fim.

E Jakelyne fez bonito. Ficou no Top Five e conseguiu um digno quinto lugar. O seu desfile em traje de banho foi dez. O seu longo em pedrarias coloridas, puxando para o coral e salmão, estava belíssimo. Talvez acreditando demais na fenda, mas valorizando o belo corpo moreno da jovem. Na fatídica pergunta das finalistas, Jakelyne escorregou um pouco, mas se saiu bem no conteúdo da resposta.


Olivia Culpo, Miss Universo 2012, assim como no evento em que foi coroada, errou no vestido que usou na sua primeira aparição na noite de ontem. Muito decote para pouco seio, o vestido branco com muita roda lembrava mais uma camisola de época. Para sua redenção, voltou no final com um vestido azul noite bem mais charmoso. A moça, de rosto perfeito, nunca me pareceu ter estatura de miss. No ano passado quando Olivia venceu o MU, a louríssima Miss Austrália (Renae Ayris), que ficou em 4º lugar era, na minha leiga opinião, quem merecia ter ganho. Coisas de concurso.

Este ano a beleza fala espanhol. As três primeiras colocadas foram Miss Equador (Constanza Báez, em 3º lugar), Miss Espanha (Patricia Rodriguez, em 2º lugar) e a vencedora Miss Venezuela (Gabriela Isler -- Miss Universo 2013). Confesso que daria a coroa para a espanhola, dona de um rosto mais suave, um sorriso mais delicado. Embora muito bela, Miss Venezuela parecia ter um sorriso engessado, com um ou dois dentes a mais na boca. Implicância minha, talvez.

Falando em implicância, por que será que o joalheiro que cria a coroa da Miss Universo não inventa uma que pare na cabeça da criatura?

No momento mais esperado da noite para as candidatas, que seria a coroação de Miss Universo para um bilhão de telespectadores (segundo a produção do concurso), a vencedora mal consegue se mexer sem derrubar a coroa que nunca parece ser suficientemente anatômica.

E a correria do evento culminou com Gabriela Isler, a Miss Universo 2013, recebendo uma belíssima coroa que logo em seguida foi derrubada pela senhora encarregada de colocar-lhe desajeitadamente a faixa. Não podia dar certo: ela veio por trás da miss.

Não houve tempo para o desfile da vitória, essencial para a consagração da vencedora, e nem sossego para a miss poder receber os cumprimentos das colegas: a sua bela coroa caiu diversas vezes e não ficou em sua cabeça um segundo sequer sem que a moça tivesse que segurá-la com a mão, enquanto com a outra segurava um buquê de flores. Capa então, nem pensar!

Bela cenografia, belos números musicais com belas coreografias também marcaram a eleição de Miss Universo 2013, pela primeira vez em Moscou, Rússia. Pena que o tempo era curto.

Renato Kramer

Natural de Porto Alegre, Renato Kramer formou-se em Estudos Sociais pela PUC/RS. Começou a fazer teatro ainda no sul. Em São Paulo, formou-se como ator na Escola de Arte Dramática (USP). Escreveu, dirigiu e atuou em diversos espetáculos teatrais. Já assinou a coluna "Antena", na "Contigo!", e fez críticas teatrais para o "Jornal da Tarde" e para a rádio Eldorado AM. Na Folha, colaborou com a "Ilustrada" antes de se tornar colunista do site "F5"

Final do conteúdo
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem

Últimas Notícias