Renato Kramer

"Na hora que você quiser posar nua, eu assino embaixo", diz J.R. Duran para Marília Gabriela

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J. R. Duran, fotógrafo de nove entre as dez capas de maior tiragem da Revista Playboy, foi o entrevistado de "Gabi Quase Proibida" (SBT) nesta quarta-feira (23).

"Os homens pensam que ele tem o melhor trabalho do mundo", anunciou Marília Gabriela, "e as mulheres que querem aparecer não pensam em outro nome para estar atrás das lentes". "É um trabalho privilegiado", concorda Duran, "mas bastante difícil".

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Como ele foi parar lá? "Eu fui parar na fotografia porque eu achei que era a melhor maneira de conhecer mulheres bonitas", confidencia Duran. "Era isso mesmo?", quis saber Gabi. "Sim, sem dúvida. Eu nunca pensei que podia ganhar dinheiro com isso. Tinha 18 anos, era um cara tímido. E, tempos atrás, a fotografia tinha um mistério. Quem sabia fotografar tinha a chave desse mistério, o que agradava muito as mulheres", conclui Duran.

"Quais as características necessárias para uma mulher aparecer sexy e atraente numa foto?", perguntou Gabi. "A principal característica é que precisa ter um bom fotógrafo. E o bom fotógrafo deve sentir uma empatia pela modelo. Se há retoques nas fotos? Claro, tiramos todas as imperfeições da modelo. Não temos o compromisso do foto-jornalismo verdade. Trabalhamos a imagem para melhorá-la, sem dúvida. Mas tudo tem limite: eu sou mágico, não sou o Santo Expedito", explica Duran bem-humorado.

Alguma matéria que não foi para as bancas? "A única matéria que fiz que não foi publicada foi com a filha de Fidel Castro, Aline, se não me engano, há uns 12, 15 anos atrás. Ela morava em Madrid. Marcamos as fotos em Roma. Ela chegou, com os seus quarenta anos, mas já não tinha lá os seus atributos em dia. Fizemos toda uma produção de roupa, luz, maquiagem, mas a moça não sorria. "Eu nunca sorrio", retrucava Aline Castro. Claro que seria uma matéria que interessaria o mundo inteiro por ela ser filha de Fidel Castro, mas por ela ter se negado a sorrir, a matéria nunca saiu".

Crédito: Carol Soares/Divulgação/SBT Marília Gabriela com o fotógrafo J.R. Duran
Marília Gabriela com o fotógrafo J.R. Duran

"Você já ficou excitado fotografando?", perguntou a apresentadora. "Já, não sou um monge", respondeu de pronto Duran. "Você já transou com modelos suas?" insistiu Gabi. "Com muito mais mulheres do que os homens pensam, e com muito menos do que tive oportunidade", foi a resposta cavalheiresca de J.R. Duran.

"Muito chique e muito metido", retrucou Gabi, "e muito exibido também", acrescentou. "Te incomoda saber que essa revista (Playboy) vai acabar num banheiro na mão de um cara se masturbando?", provocou Gabi. "Se eu não tiver que estar lá junto com ele, não tem nenhum problema", respondeu Duran com ironia.

"A maioria das mulheres diz que fez pelo dinheiro, e eu acho que muitas estão escondendo a vaidade", comenta Gabi. "Eu não sei. Só sei que é um dinheiro muito fácil pra ser ganho. Não tem que fazer porra nenhuma", responde Duran na lata. "Mas não é difícil ter que se expor assim. No início pode até ser difícil, nos primeiros dez minutos. Depois fica fácil", argumenta Duran.

"Há uma certa idade que você diria para a pessoa que quer fotografar nua: melhor não?", pergunta Gabi com ar matreiro. "Não, eu acho que não", respondeu Duran percebendo a provocação. "O que eu posso dizer é o seguinte: Marília, você é bem-vinda pra fotografar nua na hora que você quiser --eu assino embaixo". Gabi solta um sonora gargalhada e desconversa.

Na despedida, Duran faz uma nova tentativa: "E então, vai fotografar ou não?". Marília ri alto novamente e responde brincando: "Tô doida pra fazer isso". Duran faz cara de quem vai cobrar-lhe isso mais tarde. "Uma das duas vezes que me convidaram para posar nua, eu disse não, imagina, de jeito nenhum. Mas me surpreendi em casa me olhando no espelho pra ver se eu ia ficar legal ou não. Isso mexe muito com a vaidade da mulher", confessa Gabi.

"Pense daqui dez anos, você vai se arrepender". insistiu J.R. Duran persuasivo. A apresentadora gargalha forte novamente, fala do livro que Duran lançou, "Cadernos de Viagem", o chama de "bobo" com um risinho maroto, mas não lhe dá uma resposta. Será que a jornalista Marília Gabriela vai pensar com carinho na proposta do fotógrafo da Playboy?

Renato Kramer

Natural de Porto Alegre, Renato Kramer formou-se em Estudos Sociais pela PUC/RS. Começou a fazer teatro ainda no sul. Em São Paulo, formou-se como ator na Escola de Arte Dramática (USP). Escreveu, dirigiu e atuou em diversos espetáculos teatrais. Já assinou a coluna "Antena", na "Contigo!", e fez críticas teatrais para o "Jornal da Tarde" e para a rádio Eldorado AM. Na Folha, colaborou com a "Ilustrada" antes de se tornar colunista do site "F5"

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