Renato Kramer

Cheia de más intenções, Valdirene vai à luta em "Amor à Vida"

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

A periguete Valdirene (Tatá Werneck) é abandonada no motel depois de uma "caliente" noite de amor com o seu mais recente candidato à marido rico, mas não se dá por vencida.

Ela acorda sozinha entre os lençóis de cetim branco, e percebe que, não só foi largada lá, como o doutor Wanderley (Marcelo Argenta) lhe deixara dinheiro no criado mudo. Valdirene chora desconsolada.

Ao chegar em casa, a mãe Márcia (Elizabeth Savalla) fica indignada e exige que a filha vá até o hospital onde trabalha o tal doutor e lhe jogue o dinheiro na cara. "Não precisa jogar todo, minha filha...o que importa é o gesto!", sugere Márcia de olho numa graninha.

Aliás, falando nisso, se as ex-chacretes já andavam contrariadas com a imagem que o autor estaria passando aos telespectadores, a cena do capítulo desta segunda-feira (10) deve ter dado mais pano para manga!


Em seu desvario com o acontecido, Márcia --com todo o dinheiro que o médico deixara para a filha nas mãos, acaba soltando: "Nossa, mas quanto dinheiro. Nem quando eu era chacrete e fazia o programa eu ganhava tanto". Claro que o texto ficou dúbio, mas é claro que, a princípio, Márcia estaria se referindo à "Discoteca do Chacrinha" (Globo), quando falou em "programa".

Atílio (Luís Melo) que a tudo assistia, deu um pitaco divertido em meio ao dramalhão de mãe e filha: "acho que ele não acreditou que você era rica". "Mas eu tenho cara de rica, não tenho, mãe?!?", pergunta Valdirene aos prantos. "Rica não tem cara, minha filha, tem dinheiro no banco!", concluiu a sábia ex-dançarina do Velho Guerreiro.

E lá se foi Valdirene para o hospital do Dr. César (Antônio Fagundes) com o intuito de jogar o dinheiro na cara do Dr. Wanderley. Ela o encontra no café e faz a cena combinada com sua mãe e ainda grita aos quatro cantos que o cirurgião plástico galã é "broxa". Ironicamente, ao invés de sentir-se arrasado, o médico corre atrás da barraqueira para marcar um novo encontro. Nada como as fantasiosas possibilidades da ficção!

Falando no Dr. César, ele estrategicamente manda transferir Aline (Vanessa Giácomo) para se ver livre da tentação, mas a moça é "cobrinha criada" e vai correndo pedir socorro à Bernarda (Nathália Timberg), sogra e desafeto do médico.

Simone (Vera Zimmerman) conta para Lutero (Ary Fontoura) sobre o desentendimento de Félix (Mateus Solano) com Atílio e ele aperta o vilão contra a parede. Félix desconversa e amaldiçoa o velho tão logo ele se afasta: "será que eu salguei a Santa Ceia para esse velhote se meter na minha vida?!"

Valdirene, já no carro com Wanderley, pede que ele vá direto aos "finalmente", enquanto carrega escondida na bolsa uma agulha, recomendada por sua própria mãe, para furar a camisinha do moço e concretizar enfim o "golpe da barriga". Se isso funcionar, Wanderley sim, se não salgou a Santa Ceia, deve ter jogado pedra na cruz!

Renato Kramer

Natural de Porto Alegre, Renato Kramer formou-se em Estudos Sociais pela PUC/RS. Começou a fazer teatro ainda no sul. Em São Paulo, formou-se como ator na Escola de Arte Dramática (USP). Escreveu, dirigiu e atuou em diversos espetáculos teatrais. Já assinou a coluna "Antena", na "Contigo!", e fez críticas teatrais para o "Jornal da Tarde" e para a rádio Eldorado AM. Na Folha, colaborou com a "Ilustrada" antes de se tornar colunista do site "F5"

Final do conteúdo
  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Comentários

Ver todos os comentários Comentar esta reportagem

Últimas Notícias